O ministro explicou que o governo está avaliando uma série de opções para responder às novas tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA, anunciadas pelo presidente Donald Trump. Ele ressaltou que as medidas brasileiras estão sendo cuidadosamente estudadas por um grupo de trabalho, e que o foco não está em criar pressões inflacionárias, mas sim em desenvolver estratégias de retaliação justas e ponderadas.
Haddad também mencionou que os canais de diálogo entre Brasil e Estados Unidos permanecem abertos, reafirmando a intenção de buscar um entendimento que evite uma escalada de tensões comerciais. “Estamos comprometidos em encontrar soluções através da diplomacia”, afirmou. A lei, segundo ele, recebeu apoio significativo no Congresso, incluindo votos de setores da oposição, o que indica um consenso amplo sobre a importância da soberania nacional nas relações comerciais.
Em suas declarações, o ministro não hesitou em criticar a postura dos Estados Unidos, classificando as tarifas como “irracionais” e sem justificativa econômica plausível. Ele lembrou que, nos últimos 15 anos, os Estados Unidos mantiveram um superávit em sua balança comercial com o Brasil, o que levanta questões sobre a necessidade de tais medidas protecionistas. Haddad reforçou que o Brasil não busca adotar posturas de proteção comercial, mas sim assegurar um comércio justo e equilibrado.
Além das discussões comerciais, Haddad também comentou rapidamente sobre a audiência de conciliação relacionada ao decreto que eleva o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), reiterando a posição da Fazenda de que o ato é constitucional. Essa posição indica que o governo está se preparando para possíveis desafios legais, enquanto tenta equilibrar a agenda fiscal do país com as necessidades do comércio exterior.