O evento, que acontece entre os dias 3 e 5 de outubro, proporcionará um espaço para discussões relevantes sobre diversas áreas de cooperação legislativa. Temas como regulação da Inteligência Artificial, saúde global, crise climática, desenvolvimento econômico, e reformas na governança mundial, que visa promover a paz e segurança, estarão em destaque. Além disso, a inclusão das mulheres nos debates contemporâneos será um ponto focal.
A programação do fórum inclui uma reunião inaugural com a participação de mulheres parlamentares, programada para a terça-feira (2). Esse encontro terá como objetivo discutir a contribuição feminina em assuntos como a era digital e as estratégias para enfrentar a crise climática, além de como elas podem ser tanto agentes quanto beneficiárias de financiamentos.
Ainda na terça, haverá uma reunião dos presidentes das Comissões de Relações Exteriores dos parlamentares do Brics. Os participantes analisarão maneiras de fortalecer o comércio entre os membros do bloco, assim como promover investimentos e transferência de tecnologia que visem um desenvolvimento sustentável.
As delegações do Brics estarão presentes na quarta-feira (4) para a cerimônia de abertura oficial do evento, que incluirá uma foto oficial dos participantes.
O Brasil assume a presidência do Brics em 2025, período em que o bloco deve ampliar ainda mais sua influência no cenário global. Originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o grupo ganhou novos membros permanentes nos últimos anos, como Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos, com a recente inclusão da Indonésia.
Além disso, uma nova modalidade de membros parceiros foi introduzida em 2025, abrangendo países como Belarus, Bolívia, Cuba, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Criado em 2011 por iniciativa do Brasil, o Fórum Parlamentar do Brics busca unir parlamentares para alinhar iniciativas legislativas e interesses em comum entre os países membros.
Com 40% da população mundial e gerando 37% da economia global, o Brics defende reformulações na governança global, buscando uma representação mais robusta dos países da Ásia, África e América Latina em órgãos como o Conselho de Segurança da ONU e no Fundo Monetário Internacional, entre outros. Esses temas deverão movimentar as discussões ao longo do fórum, refletindo o desejo de um protagonismo maior do Sul Global nas decisões internacionais.