ECONOMIA – Brasil se prepara para safra recorde de grãos com aumento de 339,6 milhões de toneladas, impulsionada por tecnologia e políticas públicas eficazes.

O Brasil se prepara para uma safra histórica de grãos, com projeções que indicam um aumento considerável na produção em relação aos ciclos anteriores. Impulsionado por um clima favorável, ampliação da área cultivada e investimentos em tecnologia, o país deve colher aproximadamente 339,6 milhões de toneladas nesta temporada. Essa estimativa representa um crescimento de 14,2% em comparação com a safra do ano passado, refletindo um panorama otimista para o setor agrícola brasileiro.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) destaca que a área plantada atingiu 81,8 milhões de hectares, aumentando 2,3% em relação ao ano anterior. Embora as condições climáticas tenham impactado negativamente o plantio de culturas de inverno, como trigo e aveia, outros cultivos progrediram de maneira satisfatória em seus ciclos.

Entre as principais culturas, a soja se destaca com uma produção prevista de 169,5 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 14,7% em relação ao ano anterior. Essa elevação na produção se deve, em parte, ao recorde na produtividade média. O milho também se mostra promissor, com a expectativa de alcançar 132 milhões de toneladas nas três safras, aumentando 14,3%.

No que diz respeito ao algodão, a produção está estimada em 3,9 milhões de toneladas, refletindo um crescimento de 6,4% em virtude do maior incentivo à área cultivada. O arroz, que já teve sua colheita finalizada, mostra sinais de recuperação, alcançando 12,3 milhões de toneladas, um aumento significativo de 16,5%. Este crescimento é atribuído tanto ao aumento da área plantada quanto às condições climáticas favoráveis, especialmente no Rio Grande do Sul.

Entretanto, nem todas as culturas estão apresentando resultados positivos. O feijão, por exemplo, deve produzir 3,15 milhões de toneladas, o que representa uma ligeira queda de 1,3%. Contudo, a primeira safra teve um desempenho encorajador, com um crescimento de 12,8%.

No âmbito comercial, a recente elevação na mistura obrigatória de biodiesel deve beneficiar o mercado de soja, com uma demanda em ascensão por esmagamento. As previsões indicam um aumento na produção de óleo e farelo, enquanto as exportações de soja em grão devem se manter estáveis.

Em relação ao milho, a forte demanda interna, especialmente para a produção de etanol, deve absorver a maior parte do aumento na oferta. A estimativa é de que 90 milhões de toneladas sejam direcionadas ao consumo doméstico, com exportações podendo ter uma leve queda. A produção de arroz, por sua vez, poderá reverter este cenário, viabilizando um crescimento nas exportações à medida que os estoques finais aumentam.

Esse cenário positivo reforça a importância do agronegócio para a economia brasileira, evidenciando não apenas a capacidade do país em aumentar sua produção, mas também a relevância do setor na dinâmica de comércio internacional e no fortalecimento da segurança alimentar.

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