A afirmação foi feita pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em um evento onde foram revelados os resultados do leilão de PCHs. Ele destacou que o momento marca uma “retomada histórica” para a indústria hidrelétrica brasileira, enfatizando a importância dessa ação na direção de uma transição energética mais inclusiva e justa. Segundo Silveira, a iniciativa do leilão, que envolveu centrais com capacidade de até 50 megawatts, foi um sucesso, sendo um passo fundamental para revitalizar o setor.
Em relação à nova usina binacional, o ministro mencionou que conversou com o presidente Lula sobre a necessidade de enfrentar os desafios associados a essa construção e a intenção de avançar nas discussões acerca do projeto, que busca repetir o sucesso histórico de Itaipu, realizada em parceria com o Paraguai.
Os resultados do leilão de PCHs revelaram uma potência contratada de 816 megawatts, com um deságio de 3,16% nos preços. Silveira informou que a garantia física estabelecida foi de 466 megawatts médios e que o preço médio por megawatt ficou em R$ 392, resultando em um investimento estimado de R$ 8 bilhões nos 65 empreendimentos que saíram vencedores. Com 241 projetos cadastrados, o leilão se destacou por ter gerado um recorde em propostas e, conforme os dados, 13 estados brasileiros serão beneficiados com os novos empreendimentos.
A Região Sul do Brasil se destacou como a mais contemplada, com 45 dos 65 projetos localizados ali. No total, Santa Catarina contará com 27 novas centrais, enquanto Paraná e Rio Grande do Sul terão, respectivamente, 11 e 7. Outros estados como Mato Grosso, Goiás e até Minas Gerais também figuram entre os vencedores do leilão, evidenciando a abrangência e o potencial do desenvolvimento hidrelétrico no país.