O desempenho positivo do último mês foi impulsionado por 2.256.225 admissões, que superaram os 2.107.233 desligamentos. Os setores que mais contribuíram para a criação de novos empregos foram os serviços, com um saldo de 70.139 postos, e o comércio, que acrescentou 23.258 novas vagas. A indústria e a agropecuária também obtiveram resultados expressivos, com 21.569 e 17.348 novas contratações, respectivamente. O setor da construção civil não ficou atrás, gerando 16.678 empregos no período.
Geograficamente, São Paulo liderou na criação de vagas, com 33.313 novos postos, seguido por Minas Gerais (+20.287) e Rio de Janeiro (+13.642). O estado do Acre apresentou o maior crescimento percentual, com uma variação de 1,24%. No entanto, o Rio Grande do Sul teve um pequeno saldo negativo, perdendo 115 empregos.
Importante destacar que a geração de empregos em maio favoreceu mais as mulheres, que totalizaram 78.025 novas contratações, em comparação com 70.967 homens. A faixa etária de 18 a 24 anos também se destacou, com a criação de 98.003 postos, sendo o comércio o líder nesse quesito, adicionando 35.901 novas vagas.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, ressaltou que a maior parte dos novos empregos foi ocupada por jovens, desafiando a ideia de que esse grupo não estava disposto a entrar no mercado. Contudo, ele alertou que os baixos salários são um fator que ainda afasta muitos jovens do emprego formal, sugerindo uma revisão nos pisos salariais para melhor atrair essa demografia.
O panorama salarial também traz alguns desafios, uma vez que o salário médio real de admissão em maio foi de R$ 2.248,71, evidenciando uma queda de 0,5% em relação ao mês anterior. Além disso, a inclusão de Pessoas com Deficiência (PCD) teve um saldo positivo de 902 novas contratações, enquanto indivíduos com nível médio totalizaram 113.213 empregos gerados, com destaque para a população parda, que representou 116.476 novas vagas.