As localidades identificadas abrangem uma ampla gama de configurações, incluindo cidades, vilas, núcleos rurais, povoados, lugarejos, além de comunidades indígenas e quilombolas, e até agrovilas de projetos de assentamento. O aumento significativo no número de aglomerados é atribuído a melhorias nas técnicas de mapeamento utilizadas pelo IBGE, bem como ao aprimoramento das metodologias implementadas. Entre as ferramentas que contribuíram para esse avanço, destacam-se as imagens de satélite de alta resolução.
De acordo com o IBGE, esse mapeamento vai além das fronteiras político-administrativas tradicionais, pois também leva em consideração como as pessoas vivenciam, utilizam e nomeiam os lugares onde vivem. Felipe Leitão, gerente de Malha e Ordenamento Territorial do IBGE, salienta que essa identificação das localidades enriquece as análises sobre a distribuição da população brasileira. Ele enfatiza que esses locais não são apenas categorias geográficas ou estatísticas, mas sim espaços que possuem significado social e cultural para os seus habitantes.
As análises regionais apontam diferenças notáveis entre as diversas áreas do Brasil. Enquanto o Sul e Sudeste se destacam por uma maior concentração de localidades urbanas, como cidades e vilas, o Norte e o Nordeste apresentam os maiores números de povoados e lugarejos, evidenciando a persistente presença e diversidade do mundo rural nessas regiões. Além disso, o Norte e o Nordeste detêm os maiores índices de localidades indígenas e quilombolas, com mais de 8,4 mil localidades quilombolas e cerca de 8,5 mil localidades indígenas identificadas.
Esses dados não apenas retratam a diversidade sociocultural do Brasil, mas também são fundamentais para diversas áreas, como a logística de serviços, infraestrutura, turismo, e a distribuição de serviços de saúde e educação. O IBGE conclui que essas informações são indispensáveis para o desenvolvimento e acompanhamento de políticas públicas, além de servirem como uma valiosa ferramenta para pesquisas acadêmicas.









