Dessa imensa quantidade de novos registros, uma significativa fatia é composta por microempreendedores individuais (MEI), que equivalem a 77%. As microempresas representam 19% do total, enquanto as empresas de pequeno porte respondem por 4%. De acordo com Décio Lima, presidente do Sebrae, esse crescimento é reflexo da confiança crescente dos empreendedores e de uma conjuntura econômica favorável, caracterizada por um cenário de pleno emprego e inflação controlada. Segundo Lima, mais de 60% da população brasileira nutre o sonho de abrir o próprio negócio, destacando o empreendedorismo como um potente instrumento para inclusão social e geração de empregos.
Em novembro, o Brasil contabilizou a abertura de 350 mil novos pequenos empreendimentos, um acréscimo de 28 mil em relação ao mesmo mês do ano passado, sinalizando um forte otimismo no setor. O setor de serviços foi o líder nas novas aberturas, respondendo por 64% do total. Nesse segmento, a criação de MEIs cresceu significativamente, com um aumento de 24,5% em comparação ao ano anterior. O comércio ficou em segundo lugar, representando 21% das novas empresas, enquanto a indústria somou apenas 7%.
Os estados que mais se destacaram na criação de novos negócios foram São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com registros de 29%, 11% e 8%, respectivamente. Entre as atividades que mais geraram novos empreendimentos, destacam-se as de malote e entrega, o transporte rodoviário de carga e as atividades de publicidade, que lideraram os registros de MEIs. Já nas micro e pequenas empresas, áreas como atenção ambulatorial e serviços administrativos ganharam destaque. O ambiente atual sugere um futuro promissor para pequenos negócios no Brasil, reforçando o papel essencial desses empreendimentos na economia nacional.
