ECONOMIA – Brasil registra 147 mil novas vagas em agosto, mas queda na criação de empregos indica desafios econômicos frente à alta de juros e desaceleração.

O Brasil encerrou o mês de agosto de 2025 com um resultado positivo no mercado de trabalho, registrando a criação de 147.358 novos empregos com carteira assinada. Essa informação é referente ao Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) e foi divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número foi alcançado a partir de 2.239.895 admissões, enquanto 2.092.537 desligamentos ocorreram durante o mesmo período.

Com esse resultado, o saldo de empregos em agosto superou o de julho, que havia totalizado 134.251 vagas. Contudo, é importante destacar que a geração de empregos mostrou uma queda em comparação com o mesmo mês do ano anterior, quando foram criadas 239.069 novas vagas. Essa desaceleração está relacionada ao aumento da taxa de juros e a um abrandamento da atividade econômica.

Entre os setores que mais contribuíram para o saldo positivo estão os de Serviços, com a criação de 81.002 novas vagas, e Comércio, que registrou 32.612 postos. A Indústria adicionou 19.098 empregos e a Construção Civil, 17.328. Contudo, o setor agropecuário foi o único a apresentar resultados negativos, com uma perda de 2.665 postos de trabalho.

No que diz respeito à distribuição geográfica, 25 dos 27 estados apresentaram crescimento no emprego formal no último mês. São Paulo liderou a criação de vagas, com 45.450 novos postos, seguido pelo Rio de Janeiro, que acrescentou 16.128, e por Pernambuco, com 12.692 novas oportunidades. Proporcionalmente, a Paraíba foi o estado que mais cresceu, com aumento de 1,61%, seguida pelo Rio Grande do Norte (0,98%) e por Pernambuco (0,82%).

Do total de empregos gerados em agosto, 75,1% foram classificados como típicos, enquanto 24,9% pertencem à categoria de não típicos. Dentre esses, destacou-se a criação de 40.544 vagas para trabalhadores com jornada de até 30 horas por semana, especialmente na área da educação, além de 20.252 postos para aprendizes.

Em comparação aos últimos 12 meses, o saldo líquido atingiu 1.438.243 novas vagas formais. No entanto, esse resultado é inferior ao observado no período anterior, quando foram geradas 1.804.122 vagas, indicando uma tendência de desaceleração na criação de empregos. Por fim, o salário médio real de admissão aumentou em R$ 12,70, alcançando R$ 2.295,01 em agosto, refletindo uma leve valorização em relação ao mês anterior.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo