Em Brasília, ocorreu a primeira reunião de integrantes do grupo para discutir a proposta brasileira que visa ampliar o acesso aos recursos dos quatro principais fundos multilaterais climáticos. A embaixadora Tatiana Rosito, coordenadora da Trilha de Finanças da atual gestão do G20, afirmou que a iniciativa do Brasil foi amplamente apoiada pelos membros do bloco.
Os fundos mencionados por Rosito são o Fundo Verde para o Clima (GCF), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Fundo de Adaptação (FA) e os Fundos de Investimentos Climáticos (CIFs). Segundo Rosito, juntos, esses fundos apresentam empoçamento de recursos que chegam ao montante de US$ 11 bilhões.
O Brasil propõe uma revisão independente desses fundos visando a desburocratização no acesso, e também um alinhamento com questões de urgência em mobilizar recursos que ultrapassam os US$ 3 ou US$ 4 trilhões pelas próximas décadas. Durante a reunião, houve alinhamento em torno das pautas de fortalecimento e reforma dos bancos multilaterais de desenvolvimento, criação de soluções estruturais para problemas da dívida dos países pobres e de renda média e aumento de fluxo de capitais para países do Sul global, de forma mais estável.
Ao mesmo tempo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da reunião conjunta das trilhas de Sherpas e de Finanças do G20, no Palácio do Itamaraty, e defendeu a criação de mecanismos de taxação internacional que ajudem a financiar o desenvolvimento sustentável.
O Brasil terá a missão de conduzir as discussões do G20 até a cúpula em novembro de 2024 e terá como foco central a luta contra a fome, questões climáticas e governança global. Com os membros do G20 representando cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, o Brasil buscará liderar discussões que impactarão não apenas o país, mas também todo o cenário internacional.