Haddad fez questão de destacar que a recente reforma tributária, aprovada pelo Congresso em dezembro do ano passado e sancionada em janeiro deste ano, é um marco significativo na trajetória fiscal do Brasil. A nova legislação estabelece diretrizes que requeriam regulamentação após a emenda constitucional que transformou o sistema tributário nacional. Ele ressaltou a colaboração de 30 grupos de trabalho em seu ministério, além de mais de 32 que se dedicaram à implementação da reforma por meio da tecnologia da informação. Mais de 200 entidades representativas do setor econômico contribuíram para esse esforço conjunto, com o ministro enfatizando a importância do Brasil como uma nação independente e autossuficiente.
Entretanto, o discurso de Haddad não se limitou às questões internas. O ministro abordou a tensão entre o Brasil e os Estados Unidos, especialmente após a implementação de tarifas elevadas por parte do governo americano sobre produtos brasileiros, como uma medida de retaliação em resposta a crises políticas no país. Ele expressou preocupação sobre como esses novos impostos inviabilizam a comercialização de mercadorias brasileiras nos Estados Unidos, o que tem o potencial de causar experiências negativas para a economia nacional.
A reunião também contou com a participação de diversos representantes do setor econômico, como Josué Gomes, presidente da Fiesp, que clamou por uma carga tributária mais equânime, além de apoiar parcerias do Brasil com diversos países do mundo. Ele defendeu um ambiente que atraia investimentos, inclusive de empresas norte-americanas, históricas investidoras no Brasil.
Rafael Fonteles, representando os governadores do Nordeste, ofereceu suporte ao governo federal no enfrentamento dos efeitos adversos das tarifas sobre a economia e o nível de emprego. Ele defendeu a necessidade de ações emergenciais que incluam a liberação de crédito para setores em dificuldades e achatamento da dependência do Brasil em relação ao mercado americano, sugerindo que foco deve ser dado a produtores de frutas, pescado, açúcar e minério da região nordestina. As discussões destacam um momento crucial para a política econômica brasileira, onde soluções estratégicas e bem fundamentadas poderão não apenas mitigar os impactos atuais, mas também fortalecer o país para o futuro.