ECONOMIA – Brasil projeta recorde histórico de 32,3 milhões de toneladas em produção de proteínas até 2026, impulsionado por carnes suína e de frango.

O Brasil está prestes a alcançar um novo marco na produção de proteínas, com projeções que indicam um total de 32,3 milhões de toneladas de carnes bovina, suína e de frango para o ano de 2026. Os dados foram divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que destaca que esse volume representará um recorde histórico, superando a produção prevista para este ano, que é de 32,1 milhões de toneladas.

Um dos principais fatores que impulsionam essa expansão é o aumento significativo na produção de carne suína e de frango. As expectativas são de que a carne suína chegue à marca de 5,8 milhões de toneladas e a de frango atinja 15,9 milhões de toneladas, ambos números considerados os mais altos já registrados pela Conab.

Entretanto, enquanto as carnes suína e de frango estão em franco crescimento, a carne bovina enfrenta um processo de reversão de ciclo. Depois de alcançar um recorde de 11 milhões de toneladas em 2024, a produção de carne bovina deverá registrar uma leve queda, com projeções que indicam 10,9 milhões de toneladas para este ano e 10,6 milhões de toneladas em 2026. Essa reversão é uma característica normal da dinâmica de mercado, que envolve flutuações nos preços e nos volumes de abate e reposição.

Além dos dados sobre produção, o gerente de Fibras e Alimentos da Conab, Gabriel Correa, comentou sobre os efeitos do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. De acordo com Correa, o impacto foi menos significativo do que o esperado, uma vez que várias empresas do setor já haviam se preparado, estocando altos volumes nos Estados Unidos antes da implementação da tarifa. Também mencionou a influência da China, que absorve mais da metade da carne brasileira e compensou as importações que os EUA deixaram de fazer.

A expectativa para a carne de frango permanece otimista, mesmo diante do recente caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul. Para 2026, a Conab projeta um total de 5,4 milhões de toneladas embarcadas para o mercado internacional. O aumento nas exportações é acompanhado por um crescimento na disponibilidade interna, que deve atingir 10,6 milhões de toneladas, equivalente a 51,1 quilos por pessoa.

Situado em um contexto semelhante, o setor de carne suína demonstra um desempenho robusto, com uma previsão de produção que possibilitará um aumento na disponibilidade interna de 4,3 milhões de toneladas no próximo ano. As exportações também devem se expandir, impulsionadas pela competitividade dos produtos brasileiros e pela crescente demanda de novos mercados asiáticos, destacando-se as Filipinas, Japão, Coreia do Sul e Cingapura. Com isso, a expectativa é que as vendas externas superem a marca de 1,5 milhão de toneladas, refletindo a continuidade sólida da demanda na região.

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