ECONOMIA – Brasil Pressiona por Acordo Rápido entre Mercosul e União Europeia, Destacando Importância nas Negociações Comerciais Globais e Aumento nas Exportações

O Brasil aguarda a assinatura do tão esperado acordo entre o Mercosul e a União Europeia com uma expectativa crescente, segundo declarações do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Durante um evento onde apresentou um balanço das atividades do ministério em 2025, Alckmin comentou que, apesar de algumas resistências de países europeus, como França e Itália, a perspectiva é de que o adiamento do tratado seja breve, tendo em vista sua grande importância para o Brasil, o Mercosul e o comércio internacional.

O dirigente enfatizou que um acordo desse tipo é crucial não apenas para a integração econômica na América do Sul, mas também para o avanço do multilateralismo no cenário global. Ele reiterou a importância dessa assinatura, aguardada pelo Brasil e seus parceiros sul-americanos para promover um ambiente comercial mais robusto, e afirmou que seu ministério está otimista sobre a finalização desse processo.

Além das negociações com a União Europeia, Alckmin mencionou que o Brasil também busca ampliar acordos comerciais com outros aliados estratégicos. O governo brasileiro está trabalhando para aumentar as preferências tarifárias com o México, com expectativas de avanços até julho deste ano. As conversas com a Índia seguem o mesmo ritmo otimista, enquanto as negociações com o Canadá e os Emirados Árabes Unidos visam aprofundar discussões para a formação de acordos de livre comércio mais abrangentes.

Em um contexto de aumento de tarifas por diversos países, incluindo o México, Alckmin assegurou que os acordos existentes, especialmente no setor automotivo, não sofrerão impactos significativos. A projeção de perdas com essas medidas, inicialmente superior a um bilhão de dólares, foi revista para cerca de 600 milhões.

Apesar do panorama global marcado pelo protecionismo, especialmente com as ações mais rígidas dos Estados Unidos, o vice-presidente é otimista quanto ao desempenho das exportações brasileiras, prevendo um fechamento de ano recorde neste aspecto. Ele ressaltou que a maior parte das vendas para o mercado americano ocorre sem tarifas, demonstrando a importância da abertura de mercados.

Em relação à agenda para o próximo ano, Alckmin destacou iniciativas voltadas para a desburocratização e a atração de investimentos estrangeiros. Entre essas iniciativas, está a criação da Janela Única de Investimento, que será implementada no início de 2026 em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Essa ferramenta deverá centralizar processos e reduzir custos para investidores interessados no Brasil.

O ministro também apresentou um novo programa de crédito destinado à renovação da frota de caminhões, com foco em aumentar a segurança viária e estimular a indústria local. A regulamentação desse programa foi recentemente finalizada, e recursos significativos estão disponíveis para motoristas autônomos e frotistas, ressaltando a estratégia do governo em promover um setor automotivo mais moderno e sustentável.

A combinação de políticas voltadas para o livre mercado, o multilateralismo e a sustentabilidade foi o que Alckmin destacou como pilares essenciais na trajetória do Brasil em direção a um comércio mais ativo e responsável.

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