Brasil Apresenta Desempenho Econômico no G20: Crescimento e Desaceleração no PIB
Na terça-feira (2), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o segundo trimestre deste ano. Conforme os dados, o país ocupa a sexta posição entre os membros do G20 que já divulgaram seus números. É importante destacar que o PIB, que representa o total dos bens e serviços produzidos na nação, atingiu uma expansão de 3,2% na comparação com os últimos doze meses, evidenciando um crescimento de 2,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Entre o primeiro e o segundo trimestres de 2025, o Brasil registrou um aumento de 0,4%. No entanto, esse valor indica uma desaceleração em comparação ao crescimento de 1,3% do trimestre anterior, levando analistas a reavaliarem as expectativas sobre a economia nacional. Uma análise da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda posiciona o Brasil em destaque, mas soblinhando que a desaceleração tem suas raízes na política monetária restritiva, com taxas de juros elevadas implementadas pelo Banco Central para controlar a inflação.
Neste contexto, países como Índia, China e Indonésia apresentaram resultados superiores, com taxas de crescimento de 6,8%, 5,2% e 5%, respectivamente. No ranking do G20, o Brasil fica atrás de nações que compõem cerca de 85% da economia mundial e que, juntas, representam mais de 75% do comércio global e dois terços da população do planeta. A lista, que inclui ainda países como Arábia Saudita e Turquia, atesta a posição competitiva que o Brasil ocupa neste cenário.
A coordenadora da Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, reforçou a ideia de que a alta taxa de juros tem um impacto significativo sobre o consumo e o investimento. O esfriamento econômico gerado por esses fatores tem ajudado a conter a inflação, mas também limitou o crescimento de bens e serviços. Para o próximo trimestre, a SPE prevê uma continuidade da desaceleração, embora com um ritmo de crescimento “pouco inferior” ao verificado no segundo trimestre. A análise ressalta a resiliência do mercado de trabalho e a expectativa de que as concessões de crédito e o pagamento de precatórios contribuam para a atividade econômica.
A atualização das previsões aponta que a meta inicial de crescimento de 2,5% para 2025 pode sofrer uma leve revisão para baixo, considerando a desaceleração mais acentuada que se materializou nos últimos meses. O cenário é de cautela, com os efeitos cumulative da política monetária ainda influenciando o desempenho econômico no curto prazo.