ECONOMIA – Brasil Negocia Acordo com EUA sobre Minerais Críticos e Terras Raras antes do Aumento de Tarifas, Afirma Ministro da Fazenda Fernando Haddad

Negociações sobre Minerais Críticos e Tarifas com os EUA Ganham Destaque

Na última segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trouxe à tona a possibilidade de inclusão de minerais críticos e terras raras nas negociações tarifárias com os Estados Unidos. Em uma entrevista concedida à BandNews, Haddad destacou a relevância desses recursos para o Brasil e as oportunidades de cooperação com o governo estadunidense, especialmente na produção de baterias mais eficientes.

Os minerais críticos, como o lítio e o nióbio, têm se tornado fundamentais na produção de baterias elétricas e em tecnologias de inteligência artificial. O ministro enfatizou que os Estados Unidos não dispõem de uma abundância desses minerais, sugerindo que um entendimento nesse campo beneficiaria ambas as nações. Haddad mencionou que desde maio, o governo brasileiro está em conversas sobre um novo marco regulatório voltado para a inteligência artificial e data centers, refletindo uma estratégia de fortalecer a posição do país nas cadeias produtivas tecnológicas.

Além disso, o ministro se referiu a um plano de contingência que visa mitigar os impactos do tarifário anunciado pelo governo Trump. Com a expectativa de que as novas tarifas entrem em vigor até quarta-feira, Haddad revelou que as medidas de apoio aos setores afetados estão prontas e serão apresentadas brevemente. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, corroborou a afirmação de Haddad, destacando que o plano inclui soluções como linhas de crédito especiais e auxílio para compras governamentais.

Haddad também não descartou a possibilidade de que novos produtos sejam incluídos na lista de exceções das tarifas até a data limite mencionada. Ele ressaltou que o Brasil está aberto a negociações e que as condições atuais impostas pelo governo dos EUA são inaceitáveis. Contudo, a expectativa é que um diálogo contínuo possa levar a um entendimento benéfico para ambos os lados. Entre os setores que podem ser beneficiados, o café foi citado como uma área com potencial para ser excluída da taxa de 50%. O presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, Marcio Ferreira, compartilhou a esperança de que essa exclusão ocorra, indicando uma chance de 50% de sucesso.

O cenário de negociações reafirma a disposição do Brasil em colaborar com parceiros internacionais, ao mesmo tempo em que busca proteger seus interesses comerciais.

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