Além da nova cobrança sobre as importações de polietileno, o comitê estabeleceu tarifas antidumping para produtos como folhas metálicas de aço carbono originárias da China e fibras de poliéster advindas de quatro países asiáticos: China, Índia, Tailândia e Vietnã. Essas tarifas visam atuar contra a concorrência desleal que pode prejudicar a indústria nacional, garantindo um ambiente mais equilibrado e justo para os fabricantes locais.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) esclareceu que a adoção dessas medidas não está diretamente ligada às tensões com o governo dos EUA. Segundo a pasta, as decisões foram tomadas após avaliações cuidadosas, respaldadas por investigações que seguem as diretrizes do comércio internacional. O objetivo declarado é proteger a produção nacional de práticas de mercado que, por meio de preços extremamente baixos, possam prejudicar a atividade produtiva no Brasil.
Outra ação significativa do Gecex/Camex foi a imposição de restrições à entrada de resíduos sólidos, como papel e vidro, em resposta a recomendações de fóruns de economia circular e de comitês representativos de catadores de materiais recicláveis. Esta medida demonstra um compromisso com práticas ambientais sustentáveis e a gestão responsável dos resíduos.
Adicionalmente, o comitê também anunciou a isenção de impostos de importação para sete produtos, incluindo insumos destinados à indústria da saúde. Esta iniciativa busca facilitar o acesso a materiais essenciais e reduzir custos para os consumidores, uma medida que certamente dará um fôlego à economia em um momento crítico.
Do mesmo modo, foram zeradas tarifas para diversos equipamentos classificados como bens de capital e tecnologia da informação. Essas isenções, por meio do mecanismo conhecido como ex-tarifário, visam estimular investimentos e modernização do parque industrial brasileiro, promovendo uma inovação necessária para a competitividade do país.
Por fim, o Gecex/Camex aprovou alterações na Resolução nº 633/2024, parte do Plano Brasil Soberano, criado para mitigar os impactos das tarifas impostas pelos EUA sobre as exportações brasileiras. As novas regras relativas aos financiamentos de exportação, que agora deverão seguir os parâmetros do Fundo Garantidor de Exportações (FGCE), visam oferecer mais segurança às operações de crédito internacional, fortalecendo assim a posição das empresas brasileiras no cenário global.