Haddad revelou que a expectativa é que esse valor seja alcançado até o final de 2024, durante a presidência do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, também conhecida como Conferência das Partes (COP). O ministro pontuou que os R$ 10 bilhões são recursos diretos de governos, mas o valor total pode ser ampliado à medida que fundações, empresas e outros tipos de entidades também se juntem à causa.
Em suas declarações, Haddad destacou a importância desse montante, afirmando que “se a gente terminar o primeiro ano com US$ 10 bilhões de recursos públicos, seria um grande feito”. O ministro ainda enfatizou que, para atingir essa meta, alguns países do G20 poderiam aderir à iniciativa, o que facilitaria a recompensa financeira para as nações que mantêm suas florestas, especialmente aquelas que enfrentam dificuldades financeiras para esse propósito.
Ainda que reconheça a ousadia dessa proposta, Haddad demonstrou otimismo ao afirmar que é viável alcançar o objetivo. Segundo ele, das várias iniciativas que surgiram nos últimos anos, o TFFF é a mais pronta para ser implementada. Embora exista uma outra proposta significativa voltada para a criação de uma coalizão do mercado de carbono, o ministro reconheceu que essa demanda mais complexa requer maior desenvolvimento.
O objetivo final do governo brasileiro é reunir um total de US$ 125 bilhões para o fundo, sendo 20% desse montante proveniente de países soberanos e 80% de investimento privado. A COP30, evento em que o Brasil assumirá a liderança das discussões sobre meio ambiente, foi abordada por Haddad como uma oportunidade para a concretização desse tipo de iniciativa.
Durante uma rodada inicial de negociações, de acordo com o ministro, foi possível observar “sinais concretos” de que algumas propostas podem, de fato, ganhar vida. Haddad ficou otimista com a disposição de investidores presentes nas reuniões, afirmando que alguns países já sinalizam anúncios relevantes para a COP.
Por fim, o ministro lembrou que o Brasil tem se posicionado como líder em debates globais sobre sustentabilidade, tanto nas negociações da COP como nas discussões do G20. Ele sublinhou que a participação, pela primeira vez, de um grupo de ministros de finanças nesse contexto enfatiza a seriedade e o compromisso do país com questões ambientais. Haddad concluiu afirmando que a COP30 será um espaço pragmático e propositivo, essencial para o avanço das pautas ambientais.
 
 








