ECONOMIA – Brasil atinge recorde histórico com produção de 5,16 milhões de barris de petróleo e gás natural por dia em julho, segundo a ANP.

Em julho de 2023, o Brasil alcançou um marco histórico ao ultrapassar pela primeira vez a produção diária de 5 milhões de barris de petróleo e gás natural, totalizando impressionantes 5,160 milhões de barris, conforme divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Este feito representa um significativo avanço para o setor energético brasileiro, refletindo um aumento sustentável da produção.

Focando especificamente na extração de petróleo, os dados apontam para uma média de 3,959 milhões de barris diários, um crescimento de 5,4% em relação ao mês anterior e um salto de 22,5% em comparação ao mesmo mês do ano passado. A produção de gás natural, por sua vez, registrou 190,89 milhões de metros cúbicos por dia, com um aumento de 5,1% em relação a junho e um impressionante crescimento de 26,1% em relação a julho de 2022.

Um dos principais responsáveis por este aumento é o pré-sal, que em julho respondeu por 79,1% da produção total, com um volume de 4,077 milhões de barris por dia. Este segmento destaca-se por seu potencial e pela eficiência na extração, mostrando um crescimento de 5,6% em relação ao mês anterior e 24,2% em comparação ao ano passado. A Bacia de Santos, com destaque para o campo de Tupi, foi a mais produtiva, com uma média de quase 800 mil barris por dia provenientes deste local.

Entre as plataformas, o FPSO Guanabara se destacou, contribuindo com 184,3 mil barris diários, um importante componente para o recorde mensal de produção. A ANP esclarece que as flutuações na produção são influenciadas por vários fatores, como manutenções programadas e a entrada e saída de poços.

A predominância das operações marítimas é clara, com 97,7% do petróleo e 86,1% do gás natural sendo extraídos de campos offshore. A Petrobras continua sendo a protagonista do setor, respondendo por quase 90% da produção total em colaboração com outros consórcios.

No contexto global, o Brasil se posiciona como o oitavo maior produtor de petróleo, em um cenário onde os cinco maiores países produtores – Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita, Canadá e Irã – representam metade da produção mundial.

Em relação ao aproveitamento de gás, a ANP revela que a taxa atingiu 97,1%, demonstrando um compromisso com práticas mais sustentáveis. A maior parte do gás é reinjetada, enquanto uma parte é comercializada e outra utilizada pelas próprias plataformas, evidenciando um esforço para minimizar o desperdício e a queima de combustível.

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