Focando especificamente na extração de petróleo, os dados apontam para uma média de 3,959 milhões de barris diários, um crescimento de 5,4% em relação ao mês anterior e um salto de 22,5% em comparação ao mesmo mês do ano passado. A produção de gás natural, por sua vez, registrou 190,89 milhões de metros cúbicos por dia, com um aumento de 5,1% em relação a junho e um impressionante crescimento de 26,1% em relação a julho de 2022.
Um dos principais responsáveis por este aumento é o pré-sal, que em julho respondeu por 79,1% da produção total, com um volume de 4,077 milhões de barris por dia. Este segmento destaca-se por seu potencial e pela eficiência na extração, mostrando um crescimento de 5,6% em relação ao mês anterior e 24,2% em comparação ao ano passado. A Bacia de Santos, com destaque para o campo de Tupi, foi a mais produtiva, com uma média de quase 800 mil barris por dia provenientes deste local.
Entre as plataformas, o FPSO Guanabara se destacou, contribuindo com 184,3 mil barris diários, um importante componente para o recorde mensal de produção. A ANP esclarece que as flutuações na produção são influenciadas por vários fatores, como manutenções programadas e a entrada e saída de poços.
A predominância das operações marítimas é clara, com 97,7% do petróleo e 86,1% do gás natural sendo extraídos de campos offshore. A Petrobras continua sendo a protagonista do setor, respondendo por quase 90% da produção total em colaboração com outros consórcios.
No contexto global, o Brasil se posiciona como o oitavo maior produtor de petróleo, em um cenário onde os cinco maiores países produtores – Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita, Canadá e Irã – representam metade da produção mundial.
Em relação ao aproveitamento de gás, a ANP revela que a taxa atingiu 97,1%, demonstrando um compromisso com práticas mais sustentáveis. A maior parte do gás é reinjetada, enquanto uma parte é comercializada e outra utilizada pelas próprias plataformas, evidenciando um esforço para minimizar o desperdício e a queima de combustível.