ECONOMIA – Brasil atinge recorde de arrecadação em setembro e ministro destaca recomposição fiscal em viagem a Washington. Fundo Monetário Internacional eleva projeção de crescimento para o país.



A arrecadação federal atingiu um recorde em setembro, totalizando R$ 203,17 bilhões. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribui esse resultado à recomposição da base fiscal, destacando o fim de medidas de ajuda às camadas mais ricas. Durante uma viagem a Washington, Haddad contestou as informações de um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) que apontava o crescimento do país devido a estímulos fiscais.

Segundo o ministro, as despesas herdadas e sem fonte de financiamento precisam ser pagas, o que tem impulsionado a arrecadação neste ano. Medidas como a taxação de offshores, a antecipação do Imposto de Renda de fundos exclusivos e o fim de subsídios a grandes empresas têm contribuído para esse aumento.

Haddad ressaltou que o objetivo é alcançar a meta de déficit primário zero, enquanto o governo busca controlar os gastos. A expectativa é que, com a contenção das despesas e o crescimento do PIB acima de 2,5%, a situação fiscal seja equilibrada.

No acumulado de janeiro a setembro, a arrecadação federal também bateu recorde, atingindo R$ 1,93 trilhão, representando um aumento de 9,68% acima da inflação. Esses resultados positivos têm contribuído para a projeção do FMI de um crescimento de 3% para a economia brasileira em 2024.

Durante sua estadia em Washington, Haddad teve um encontro com representantes da Casa Branca para discutir questões bilaterais e do G20. A proposta brasileira de taxar os rendimentos dos super-ricos foi um dos temas abordados, uma vez que Brasil e Estados Unidos têm opiniões opostas sobre o assunto.

Em relação à agenda prevista, o cancelamento de uma reunião com a agência de classificação de risco Fitch foi necessário devido ao encontro na Casa Branca. Haddad e Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central, foram os representantes brasileiros presentes nessa reunião. A Moody’s já havia aumentado a nota da dívida do governo brasileiro após um encontro anterior com representantes do país.

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