Segundo o ministro, as despesas herdadas e sem fonte de financiamento precisam ser pagas, o que tem impulsionado a arrecadação neste ano. Medidas como a taxação de offshores, a antecipação do Imposto de Renda de fundos exclusivos e o fim de subsídios a grandes empresas têm contribuído para esse aumento.
Haddad ressaltou que o objetivo é alcançar a meta de déficit primário zero, enquanto o governo busca controlar os gastos. A expectativa é que, com a contenção das despesas e o crescimento do PIB acima de 2,5%, a situação fiscal seja equilibrada.
No acumulado de janeiro a setembro, a arrecadação federal também bateu recorde, atingindo R$ 1,93 trilhão, representando um aumento de 9,68% acima da inflação. Esses resultados positivos têm contribuído para a projeção do FMI de um crescimento de 3% para a economia brasileira em 2024.
Durante sua estadia em Washington, Haddad teve um encontro com representantes da Casa Branca para discutir questões bilaterais e do G20. A proposta brasileira de taxar os rendimentos dos super-ricos foi um dos temas abordados, uma vez que Brasil e Estados Unidos têm opiniões opostas sobre o assunto.
Em relação à agenda prevista, o cancelamento de uma reunião com a agência de classificação de risco Fitch foi necessário devido ao encontro na Casa Branca. Haddad e Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central, foram os representantes brasileiros presentes nessa reunião. A Moody’s já havia aumentado a nota da dívida do governo brasileiro após um encontro anterior com representantes do país.