Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) nesta terça-feira (26), evidenciando que a produção de energia solar própria através de pequenos e médios sistemas lidera o ranking, com 33,5 GW de potência instalada. Enquanto isso, as grandes usinas solares representam 16,5 GW desse total.
De janeiro a outubro deste ano, foram instaladas 119 usinas solares no Brasil, adicionando 4,54 GW de potência elétrica fiscalizada. A análise dos dados fornecidos pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revela que a energia solar representa 20,7% da capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, ficando atrás apenas da energia hidrelétrica.
A energia solar tem desempenhado um papel fundamental na arrecadação de investimentos, totalizando R$ 229,7 bilhões desde 2012, e gerando uma receita de R$ 71 bilhões aos cofres públicos. Além disso, estima-se que essa fonte de energia tenha evitado a emissão de 60,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono no país.
Apesar dos avanços, a Absolar criticou a decisão de elevar de 9,6% para 25% o Imposto de Importação sobre insumos e componentes de painéis solares, alegando que essa medida pode desestimular os investimentos e comprometer o crescimento da energia limpa. Por outro lado, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) defendeu a taxação como uma forma de fortalecer a indústria local e gerar empregos no Brasil.
Com a marca de 50 GW de potência instalada, o Brasil se consolida como um importante player no cenário mundial de energia solar, contribuindo efetivamente para a transição energética global.