Haddad apontou que a elevação das tarifas resulta em um aumento nos preços de produtos essenciais, como café e carnes, que são significativamente consumidos pelos cidadãos americanos. Segundo ele, os consumidores nos Estados Unidos estão enfrentando um encarecimento de itens que, até então, eram acessíveis, o que, em última análise, pode comprometer a qualidade de vida da população. O ministro reforçou que esse aspecto deve ser um ponto central nas negociações, uma vez que a relação comercial entre os dois países deve beneficiar ambas as partes.
Ele ressaltou que a imposição de tarifas mais altas, um componente da recente política comercial da administração Trump, tem gerado um superávit comercial americano em relação ao Brasil, além de criar oportunidades para investimentos bilaterais em setores como energia limpa e tecnologias inovadoras. Haddad enfatizou que muitos observadores começaram a perceber que essa estratégia de tarifas levou a consequências desfavoráveis para os EUA, em vez de consolidar a competitividade desejada.
Na segunda-feira anterior, Haddad e outros líderes do governo receberam um telefonema do presidente norte-americano, Donald Trump. Durante a conversa, o presidente Lula solicitou a retirada das tarifas e o restabelecimento das relações mais harmônicas. Trump designou seu secretário de Estado para conduzir as discussões, e ambos os líderes expressaram a intenção de manter uma comunicação direta, com a perspectiva de um encontro presencial em breve.
Haddad destacou que, apesar de algumas vozes sugerirem outras abordagens para as negociações, ele acredita que a diplomacia brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficácia, será capaz de superar esse desafio. O ministro concluiu que, apesar das desinformações que têm circulado, especialmente por grupos extremistas, a realidade da democracia e do Estado de Direito no Brasil está se tornando cada vez mais clara para a comunidade internacional. A expectativa é de que os esforços do governo brasileiro resultem na reavaliação das medidas tarifárias por parte dos Estados Unidos.