ECONOMIA – Bolsa Brasileira Registra Forte Queda e Dólar Atinge Maior Nível em Dias, Afetados por Incertezas sobre Juros e Remessas de Lucros.

Em um dia marcado por turbulências no mercado financeiro brasileiro, a B3 registrou uma queda significativa em seu principal índice, enquanto o valor do dólar apresentou uma alta expressiva. Essa instabilidade reflete um cenário de incertezas tanto na economia nacional quanto internacional, especialmente em relação à política de juros.

Na última terça-feira, o índice Ibovespa encerrou suas operações com uma desvalorização de 2,42%, totalizando 158.557 pontos. Essa marca representa uma queda acentuada, especialmente considerando que, no dia anterior, o indicador havia superado os 162 mil pontos. Este desempenho negativo levou o Ibovespa ao seu menor nível desde o dia 9 de outubro.

O mercado de câmbio também passou por um dia volátil. O dólar comercial fechou cotado a R$ 5,462, apresentando uma alta de R$ 0,039, equivalente a 0,73%. Após iniciar o dia em baixa, a moeda norte-americana alterou seu trajetório e, durante a tarde, chegou a ser negociada a R$ 5,47. Essa alta posiciona o dólar em seu maior patamar desde o último dia 10, refletindo uma valorização de 2,38% até o momento em dezembro. Contudo, a moeda ainda registra uma queda de 11,62% em comparação ao ano anterior.

Os fatores que impactaram o cenário financeiro brasileiro são múltiplos. Internamente, a divulgação de pesquisas relacionadas às eleições e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) trouxeram incertezas aos investidores. A ata em questão não trouxe indicações claras sobre a possível redução da Taxa Selic, deixando os investidores cautelosos. Essa indefinição em relação aos juros favorece uma migração de investimentos da bolsa para ativos de renda fixa.

No cenário externo, dados econômicos dos Estados Unidos indicaram a criação de 64 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, superando as expectativas. Essa notícia, embora aparente ser positiva, foi recebida com preocupação, pois reduz as chances de um corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve em suas próximas reuniões. Taxas elevadas nas economias desenvolvidas tendem a atrair investimentos e provocar a saída de capitais de países emergentes, como o Brasil, acentuando ainda mais a tensão nos mercados locais.

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