O ambiente favorável na bolsa se refletiu no mercado de câmbio, onde a moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 5,405, apresentando uma desvalorização de R$ 0,016, ou um recuo de 0,29%. Curiosamente, o dólar chegou a operar próximo a R$ 5,44 antes da abertura dos mercados nos Estados Unidos, mas acabou se fortalecendo até a hora final de negociação, quando caiu para o mínimo do dia. Assim, o dólar se posiciona no menor valor visto nos últimos 12 meses, um reflexo da queda acumulada de 1,42% somente nesta semana e 12,53% em 2025.
O dia de alta não foi atribuído a um cenário econômico interno, uma vez que não ocorreram notícias relevantes que pudessem impactar o mercado. Em vez disso, a atenção dos investidores foi voltada para acontecimentos internacionais. A divulgação de que os Estados Unidos superaram as expectativas ao criar postos de trabalho em junho gerou incertezas sobre a possibilidade de cortes nas taxas de juros por parte do Federal Reserve (Fed) em um futuro próximo. Embora essa notícia geralmente tenha o potencial de valorizar o dólar globalmente, o cenário se inverteu com a expectativa de novos acordos comerciais que possam ser firmados nos próximos dias.
Os países emergentes, incluindo o Brasil, também foram beneficiados pela valorização das commodities, impulsionadas por indicadores de desempenho positivo da economia chinesa, que continua a ser a maior consumidora de matérias-primas do mundo. Essa confluência de fatores otimizou o clima de negócios, gerando expectativas favoráveis entre os investidores e aquecendo o mercado local.