Os dados financeiros foram divulgados recentemente e revelam que, desde o começo da atual gestão em 2023, os ativos totais do BNDES aumentaram em R$ 204,2 bilhões, atingindo R$ 888 bilhões — um crescimento robusto de 30% em relação ao ano anterior e um aumento de 5,6% somente no semestre analisado. No final de 2024, os ativos do banco registravam R$ 840,9 bilhões.
No que se refere à inadimplência, este aspecto também apresentou números favoráveis. A taxa de inadimplência reportada pelo BNDES para o segundo trimestre de 2025 foi de apenas 0,03%, significativamente inferior à média do Sistema Financeiro Nacional, que é de 3,55%, e da taxa de 0,43% para grandes empresas. Embora a taxa do segundo trimestre tenha subido em relação ao primeiro, quando se registrou 0,001%, ainda assim permanece compensador e controlado.
Em comentários sobre os resultados, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, enfatizou que a performance do banco é uma prova da robustez das instituições estatais e seu papel fundamental no apoio à inovação, crescimento econômico e combate à crise climática. Mercadante acredita que a atuação do BNDES não apenas estimula o setor privado como também contribui para o desenvolvimento nacional em diversas áreas.
Os setores que mais se beneficiaram da aprovação de crédito incluem a indústria, com R$ 18,1 bilhões, aumento de 24% em relação a 2024 e 220% em comparação a 2022, e a agropecuária, que recebeu R$ 17 bilhões, marcando um avanço de 20% sobre 2024 e impressionantes 262% em relação ao ano anterior. O comércio e serviços somaram R$ 13,5 bilhões, crescendo 18% em comparação com o período anterior.
Além disso, o apoio a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) também cresceu expressivamente, com garantias que totalizaram R$ 56,8 bilhões e aprovações de crédito que chegaram a R$ 32 bilhões, totalizando R$ 88,8 bilhões em suporte, um aumento de 92% sobre o primeiro semestre de 2024.
Apesar de um cenário desafiador em relação ao crédito, caracterizado por altas taxas, Mercadante destacou a resiliência do BNDES, que conseguiu manter um desempenho positivo e expressivo. O patrimônio líquido do banco, ao finalizar o primeiro semestre de 2025, foi de R$ 165,3 bilhões, um incremento de R$ 6,9 bilhões em relação ao final de 2024.
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