Com a realização desta nova seleção, o programa Fust Escolas Conectadas acumula um investimento total que se aproxima de R$ 113 milhões, já que, na primeira edição, realizada em 2023, foram alocados R$ 60 milhões para conectar 1.500 instituições de ensino. Dentre elas, 824 já dispõem de infraestrutura de conectividade instalada. Essa expansão é parte da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec), que visa melhorar as condições de ensino por meio da ampliação da infraestrutura tecnológica nas escolas, além de proporcionar monitoramento contínuo da qualidade da conectividade.
Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, essa iniciativa é um passo significativo na direção da redução das desigualdades no acesso à internet no país, especialmente nas áreas com os menores índices de conectividade. O edital contempla a instalação de uma infraestrutura completa, que inclui redes internas e externas, cabeamento, switches, roteadores e sistemas de Wi-Fi, além do fornecimento de serviços de conexão por um período de dois anos e manutenção integral.
Os dados do cronograma de implementação do projeto são bastante claros: das 1.258 escolas a serem conectadas, 392 estão localizadas no Pará, 368 no Maranhão e Ceará, enquanto 498 estão distribuídas em Pernambuco e Bahia. O cronograma estipula que, em até três meses após a assinatura dos contratos, 15% das unidades já devem estar conectadas; em seis meses, este percentual deve atingir 50%; e, por fim, em até nove meses, todas as instituições contempladas deverão estar plenamente conectadas.
O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, enfatizou a importância dessa nova fase do programa, destacando a meta de garantir conectividade significativa em todas as salas de aula do Brasil até o final do próximo ano. Além disso, o ministro da Educação, Camilo Santana, ressaltou que prover acesso à internet nas escolas é crucial para assegurar que todos os estudantes tenham oportunidades iguais de aprendizado e desenvolvimento.
O BNDES também será responsável pelo processo de seleção das propostas e pelo monitoramento das entregas, enquanto três operadoras de telecomunicações serão escolhidas para realizar as conexões. No passado, a primeira seleção pública já beneficiou escolas em estados como Amapá, Pará, Acre, Amazonas e Bahia, onde 772 instituições receberam, até o momento, a infraestrutura necessária para a conectividade.
O Fust, que é administrado pelo MCom, tem como finalidade não apenas a expansão das redes e serviços de telecomunicações, mas também a redução das desigualdades regionais e o estímulo ao desenvolvimento econômico e social por meio da conectividade. Nesse cenário, o BNDES se destaca como agente financeiro responsável pela execução e fiscalização dos projetos. A iniciativa busca, assim, transformar a realidade das escolas públicas, especialmente nas regiões que mais necessitam.
