ECONOMIA – BNDES Destina R$ 40 Bilhões em Crédito para Empresas Afetadas por Tarifas Americanas e Promete Agilizar Aprovações a Partir de Setembro

Em uma iniciativa para mitigar os impactos econômicos das tarifas americanas sobre as exportações brasileiras, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a disponibilização de R$ 40 bilhões em linhas de crédito para empresas que sofreram perdas significativas em seu faturamento. O presidente da instituição, Aloizio Mercadante, revelou os detalhes do programa financeiro, que prioriza empresas que perderam mais de 5% de suas receitas devido à sobretaxa imposta pelos Estados Unidos.

Do montante total reservado, R$ 30 bilhões virão do Fundo Garantidor de Exportações (FGE), enquanto os R$ 10 bilhões restantes são recursos próprios do banco. Esses fundos visam promover capital de giro e financiar investimentos que promovam a adaptação produtiva, a aquisição de maquinaria e equipamentos, além da exploração de novos mercados. Mercadante ressaltou as dificuldades enfrentadas por empresas que viram seu faturamento despencar drasticamente, em alguns casos em até 80%, em decorrência dessas tarifas. Para ele, o estado deve ser um apoio para a economia diante de situações tão desafiadoras, fazendo uma comparação com as crises provocadas pela pandemia e por desastres naturais.

A expectativa é que um levantamento com as informações das empresas afetadas, a ser realizado pelo Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Receita Federal e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), seja entregue ao BNDES até o dia 8 de setembro. A partir de então, o banco espera iniciar a aprovação das propostas de financiamento a partir do dia 15 de setembro.

As quatro linhas de crédito disponíveis incluem opções específicas para capital de giro, diversificação de mercados, bens de capital e investimentos em inovações. As taxas de juros variam conforme o tipo de linha, com prazos de pagamento que podem se estender por até cinco ou dez anos, dependendo do caso. Para ter acesso a esses créditos, as empresas deverão comprovar a manutenção de seus quadros de funcionários.

A nova política de crédito surge em um contexto delicado, marcado por tarifas que chegam a 50% sobre produtos brasileiros – uma das mais altas em vigor na guerra comercial travada pela administração norte-americana. Essas medidas foram implementadas em paralelo a ações investigativas e sanções contra autoridades brasileiras, incluindo um processo em torno da liberdade de expressão no acesso às redes sociais e a atuação de ministros do Supremo Tribunal. Essa complexa teia de relações comerciais e políticas acirrou ainda mais a necessidade de medidas que protejam a economia local e assegurem a sustentabilidade das empresas afetadas.

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