O mercado de capitais desempenha um papel crucial na economia ao possibilitar que empresas consigam captar recursos por meio da negociação de valores mobiliários, como títulos de dívidas e ações. Mercadante enfatizou que um mercado secundário robusto, aliado a um mercado primário saudável, é fundamental para promover a industrialização e a inovação, especialmente em tempos onde agilidade e capacidade de adaptação são vitais. Ele destacou que apenas 2% da população brasileira está investida em ações, contrastando com 48% nos Estados Unidos, 16% na China e 11% na Índia. Esse cenário revela um desafio significativo sobre como aproximar mais brasileiros do ambiente de investimentos.
O evento também contou com a presença de representantes de instituições financeiras, como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), e bancos de renome, como Itaú, XP e BTG. Durante a discussão, Mercadante expressou a esperança de que o encontro resulte em soluções eficazes para tornar os investimentos em mercado de capitais mais seguros, principalmente para os cidadãos de renda média, que devem considerar a importância de construir um futuro financeiro sólido para suas famílias.
Por sua vez, o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também fez observações relevantes sobre o impacto multiplicador do mercado de capitais. Ele explicou que, para cada real investido, é possível alavancar até 3,4 reais, o que representa uma oportunidade significativa para gerar empregos e renda. Alckmin apontou setores estratégicos que poderiam se beneficiar desses investimentos, incluindo saúde, biotecnologia, startups e minerais críticos, ressaltando a importância de um ambiente financeiro que favoreça o crescimento e a inovação no Brasil.
Nesse contexto, a união de esforços entre o BNDES e o setor financeiro é vista como um passo fundamental para criar um mercado de capitais mais inclusivo e dinâmico, essencial para o futuro econômico do país.