ECONOMIA – BNDES Aprova R$ 230 Bilhões em Crédito e Registra Crescimento de 39% em 2023, Focando na Indústria e Pequenas Empresas

Entre janeiro e setembro deste ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou um desempenho notável em suas operações de crédito, alcançando a cifra de R$ 230 bilhões em aprovações. Esse resultado inclui não apenas os empréstimos diretos, mas também aqueles realizados por instituições parceiras, embora garantidos pelo banco. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, o aumento registrado foi de impressionantes 39%. As micro, pequenas e médias empresas foram as principais beneficiadas, concentrando 67% do total, o que equivale a R$ 155,1 bilhões, sendo R$ 91,3 bilhões advindos de garantias e R$ 63,7 bilhões em crédito efetivo.

Em um balanço operacional e financeiro divulgado recentemente, o BNDES mostrou que sua carteira total de crédito alcançou R$ 616 bilhões, apresentando um crescimento de 12% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Os desembolsos, que são os valores efetivamente disponibilizados, também aumentaram 17%, totalizando R$ 101,9 bilhões entre janeiro e setembro. O diretor financeiro da instituição, Alexandre Abreu, destacou um marco significativo com a elevação de 50% nas somas repassadas ao setor industrial, que chegou a R$ 27,3 bilhões, superando os R$ 24,9 bilhões destinados ao agronegócio.

Abreu evidenciou a mudança no cenário econômico, ressaltando que a indústria está se recuperando gradualmente, após um período em que a agropecuária predominava. Apesar do crescimento universal nas aprovações e desembolsos em diversos setores, o segmento de infraestrutura registrou uma queda de 10% nas aprovações, embora os desembolsos tenham permanecido estáveis.

O presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, atribuiu a diminuição do interesse por novas operações a fatores externos, como o tarifário imposto pelos Estados Unidos, que trouxe insegurança aos investidores. Contudo, ele anunciou a expectativa de um grande anúncio que deverá impulsionar o resultado anual.

Além das operações de crédito, os lucros do banco também foram destacados. A receita recorrente subiu 14% em comparação com o ano passado, totalizando R$ 11,2 bilhões, enquanto o lucro líquido sofreu uma queda de 9%, fixando-se em R$ 17,2 bilhões. Essa queda foi em grande parte atribuída à diminuição de 54% nos dividendos recebidos da Petrobras, embora Mercadante considerasse os resultados ainda assim “extraordinários” dada a conjuntura.

Por fim, os ativos totais do BNDES continuam a crescer, atingindo R$ 905,8 bilhões em setembro, com a instituição vislumbrando a recuperação da marca de R$ 1 trilhão, patamar glorioso já alcançado anteriormente.

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