Esses recursos serão destinados para diversas etapas do projeto, desde obras civis até a aquisição de máquinas, montagens, instalações e equipamentos. O investimento total previsto para a realização desse empreendimento é de R$ 5,4 bilhões, e a UTE Portocem I terá uma potência total de 1.571,9 MW, com quatro turbogeradores de 392,97 MW cada.
Segundo o BNDES, as termelétricas a gás natural possuem a vantagem de poderem ser acionadas rapidamente em situações de demanda máxima de energia, como em períodos de escassez hídrica ou nos picos de consumo. Por isso, a UTE Portocem atuará como um backup do Sistema Interligado Nacional, fornecendo energia apenas nos momentos de maior demanda.
A fonte de energia primária para essa usina será o gás natural proveniente do Terminal de Importação e Regaseificação de GNL da CELBA I. Para o banco, a localização da usina em Barcarena apresenta diversas vantagens, como o acesso hidroviário facilitado pela Baía de Marajó, a proximidade com importantes demandas por energia na região metropolitana de Belém e a Alunorte, bem como a substituição de combustíveis menos sustentáveis.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância do gás natural como um combustível menos poluente e mais sustentável. Já a diretora de Infraestrutura e Mudança Climática do banco, Luciana Costa, destacou o papel do gás natural como uma opção de transição energética para garantir estabilidade ao sistema elétrico, especialmente com a expansão das fontes renováveis.
A Portocem Geração de Energia S.A é a responsável pelo projeto da UTE Portocem I, que venceu o 1º Leilão de Reserva de Capacidade em 2021 e tem previsão de início de operação comercial para agosto de 2026. Esse empreendimento representa um avanço significativo na matriz energética brasileira, proporcionando uma fonte de energia mais limpa e segura para atender às demandas de eletricidade do país.