O anúncio foi feito durante o FII Priority Summit, um evento realizado no hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, e patrocinado pelo governo da Arábia Saudita. Neste encontro, personalidades globais dos setores público e privado se reuniram com o intuito de atrair investimentos estrangeiros para o Brasil.
Durante as discussões com jornalistas sobre o potencial da economia brasileira, Mercadante destacou a importância de resolver a questão fiscal do país. O crescimento da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) pode gerar receios em potenciais investidores, levando a um aumento nas taxas de juros futuras e no câmbio.
O BNDES se comprometeu a repassar ao Tesouro Nacional 50% do lucro líquido do exercício de 2023 através de dividendos, superando o mínimo de 25% estabelecido pela Lei das Sociedades Anônimas. Este valor, devido ao acionista – no caso o governo federal -, será pago ao longo do ano até o mês de novembro.
Mercadante enfatizou que o desembolso de cerca de R$ 16 bilhões, incluindo R$ 5 bilhões referentes ao lucro líquido de 2022, será feito sem comprometer as linhas de crédito oferecidas pelo banco. Esta contribuição visa aumentar a arrecadação da União e não afetará a capacidade de financiamento do BNDES.
Além disso, o presidente do BNDES revelou que o fundo soberano da Arábia Saudita está em negociações para investir no Brasil. Ele ressaltou a atratividade da economia brasileira, com baixa taxa de desemprego, alto nível de ocupação, recorde na massa salarial e crescimento da renda da população nos últimos 12 meses.
Em resumo, a decisão do BNDES de aumentar os repasses ao Tesouro Nacional é vista como uma contribuição significativa para a estabilidade financeira do país, ao mesmo tempo em que atrai investimentos estrangeiros e fortalece a confiança no potencial econômico do Brasil.