Na última reunião, realizada no início de maio, o Copom reduziu a taxa pela sétima vez consecutiva, chegando a 10,5% ao ano. No entanto, a velocidade do corte diminuiu, passando de 0,5 ponto percentual para 0,25 ponto percentual. A preocupação dos membros do colegiado com as expectativas de inflação acima da meta e o cenário econômico desafiador levaram a não previsão de novos cortes na Selic.
Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em resposta ao aumento dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa permaneceu em 13,75% ao ano. Com o controle dos preços, o BC iniciou os cortes na Selic.
Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 10,5% ao ano, com projeções de queda para os anos seguintes. Além da taxa de juros, a inflação também é um foco de atenção: o IPCA acumulou 3,93% em 12 meses, com pressão dos alimentos e bebidas em maio.
As projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) tiveram variação negativa, indo de 2,09% para 2,08% este ano. Para 2025, a expectativa é de crescimento de 2%, com previsões semelhantes para os anos seguintes. Em 2023, a economia brasileira cresceu 2,9%, ultrapassando as expectativas.
No cenário cambial, a projeção do dólar é de R$ 5,13 para o final deste ano e de R$ 5,10 para o fim de 2025. Os desdobramentos da reunião do Copom e as projeções econômicas para os próximos anos continuarão sendo acompanhados de perto pelos agentes do mercado financeiro e pelos analistas.