ECONOMIA – “Banco do Brasil libera US$ 700 milhões para MPMEs investirem em energia limpa e expandirem no mercado internacional nos próximos três anos”

Micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) terão à disposição um montante significativo de até US$ 700 milhões nos próximos três anos, destinado à implementação de projetos de energia limpa e à promoção do acesso a mercados internacionais. Essa injeção de recursos resulta de um acordo firmado entre o Banco do Brasil e a Agência de Garantia de Investimentos Multilaterais (MIGA), uma instituição vinculada ao Banco Mundial que visa apoiar empresas de menor porte.

Com este financiamento, as MPMEs poderão viabilizar diversas operações, incluindo comércio exterior, produção sustentável e iniciativas de energia renovável. O foco estará na aquisição de equipamentos e insumos necessários para implementar tecnologias limpas, como biocombustíveis, painéis solares, turbinas eólicas e sistemas de biomassa. Este tipo de investimento é crucial para a transição energética e o fortalecimento da matriz energética nacional.

A iniciativa faz parte do programa Garantia de Finanças Comerciais (TFG) da MIGA, que oferece garantias contra o risco de inadimplência. Essa estratégia possibilita que instituições financeiras globais concedam crédito ao Banco do Brasil a juros mais baixos, devido à redução do risco associado. A MIGA disponibilizará um desembolso inicial imediato de US$ 350 milhões, com prazos de até um ano para cada liberação subsequente, e a operação será apoiada por garantias que cobrem até 95% de eventuais inadimplências.

Graças a essa proteção, a operação recebeu uma classificação de risco extremamente baixa (AAA), o que permitirá ao Banco do Brasil expandir suas linhas de crédito em moeda estrangeira e diversificar suas fontes de captação de recursos. Essas novas opções de crédito estão alinhadas com o Plano de Transformação Ecológica do Banco do Brasil, que busca incentivar investimentos que diminuam os impactos ambientais da produção.

Além de contribuir para a sustentabilidade, essa iniciativa também visa melhorar a competitividade das MPMEs brasileiras no cenário internacional, dado que esse segmento é responsável por 99% dos empreendimentos no Brasil. A expectativa é que esses movimentos financeiros não só fomentem o crescimento empresarial, mas também tragam benefícios significativos para o meio ambiente.

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