Os recursos adquiridos serão empregados para o refinanciamento de operações de crédito focadas em iniciativas sustentáveis, abrangendo uma gama diversificada de áreas, desde a adoção de matrizes energéticas renováveis até práticas agrícolas de baixo carbono. Essa aplicação busca atender diversos setores que manifestam interesse em se adaptar às novas exigências ambientais e de responsabilidade social.
No escopo desse programa, estão previstos dois leilões. O primeiro, já iniciado em maio, concentra-se em projetos nas áreas de eficiência energética, economia circular, bioeconomia e infraestrutura industrial ecológica. Os recursos, que totalizam R$ 1,5 bilhão, foram liberados em junho, de um total estimado de R$ 4,8 bilhões.
O segundo leilão, programado para ocorrer no quarto trimestre de 2025, terá foco na recuperação de áreas rurais degradadas, visando o aumento da produtividade agrícola e a redução do desmatamento. As diretrizes de cada leilão são estipuladas pela Secretaria do Tesouro Nacional, destacando que, no caso do segundo leilão, 10% dos recursos devem ser destinados ao bioma da caatinga e 50% a projetos que visem a produção de alimentos.
Francisco Lassalvia, vice-presidente de Negócios de Atacado do Banco do Brasil, apontou que o programa não se limita apenas ao setor empresarial, mas também inclui a possibilidade de financiamento para produtores rurais, pequenos agricultores, cooperativas e fundos de investimento, ampliando o alcance dos recursos para pequenos empreendedores.
O primeiro leilão foi direcionado majoritariamente a empresas vinculadas a projetos públicos e privados, excluindo algumas empresas de menor porte. A participação financeira do Credit Agricole CIB se soma a um montante já significativo de US$ 4,5 bilhões em investimentos internacionais voltados para ações de impacto climático. É importante notar que, nos últimos tempos, o Credit Agricole também esteve em destaque na mídia internacional por estar envolvido em um esquema de sonegação de impostos, que resultou em um acordo de pagamento de multa de 88 milhões de euros para evitar um processo legal.