O SVR permite que cidadãos consultem se possuem valores não reclamados em instituições financeiras, como bancos, consórcios ou outras entidades. Para verificar se há quantias a serem resgatadas, o usuário deve apenas informar seu CPF e data de nascimento (para pessoas físicas) ou CNPJ e data de abertura (para empresas), sem precisar realizar um login. O serviço é gratuito e direto, facilitando o acesso a valores que muitas vezes são esquecidos.
Recentemente, uma nova funcionalidade foi adicionada ao SVR: a solicitação automática de resgate de valores. Com essa melhoria, cidadãos não precisam mais consultar o sistema com frequência, pois, caso sejam disponibilizados recursos por instituições financeiras, os créditos serão feitos diretamente em suas contas. Essa opção é exclusiva para pessoas físicas que possuam uma chave Pix do tipo CPF e têm adesão opcional.
Os valores que podem ser recuperados através do SVR incluem saldo em contas-correntes ou de poupança encerradas, sobras de cooperativas de crédito, recursos não reclamados de grupos de consórcio, tarifas cobradas indevidamente, e entre outros. Até o fim de junho, 31.813.580 correntistas já haviam recuperado suas quantias, sendo que a maioria são pessoas físicas.
Entretanto, o número de beneficiários que ainda não realizara o saque é expressivo: 52.623.092, um número que levanta preocupações sobre a falta de atenção a esse recurso. Desses, a maior parte possui pequenas quantias a receber. Notavelmente, 64,59% dos beneficiários têm direito a valores de até R$ 10, enquanto 23,97% podem resgatar entre R$ 10,01 e R$ 100.
É fundamental alertar sobre os riscos de golpes relacionados ao SVR. O Banco Central recomenda cautela, uma vez que estelionatários podem tentar enganar cidadãos prometendo facilidades para o resgate dos valores. O BC enfatiza que todos os serviços da SVR são gratuitos e que os correntistas não devem fornecer informações pessoais ou bancárias a terceiros. Apenas as instituições financeiras mencionadas na consulta do SVR estão autorizadas a contatar o cidadão referente aos valores esquecidos.