ECONOMIA – Banco Central Impede Aquisição do Banco Master pelo BRB, Ameaçando Expansão da Instituição na Região do Distrito Federal.

O Banco Central do Brasil tomou a decisão de não aprovar a proposta de aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), colocando um término à expectativa de conclusão dessa transação, que se arrastava desde março deste ano. Essa negativa do BC é a última barreira regulatória que impediu o avanço da operação, que despertou o interesse de diversos atores do mercado financeiro.

A comunicação sobre a rejeição foi divulgada na noite de quarta-feira (3), em um relatório oficial do BRB destinado a investidores. No entanto, até o momento, o Banco Central não se manifestou oficialmente sobre os motivos que sustentaram sua decisão. Em sua publicação, o BRB mencionou que recebe um comunicado do Bacen sobre a desaprovação da aquisição, que envolvia 49% das ações ordinárias e a totalidade das ações preferenciais do Banco Master. O BRB expressou sua intenção de acessar a íntegra da decisão para melhor entender os fundamentos que levaram ao veto e avaliar possíveis alternativas.

A proposta de aquisição pelo BRB visava reforçar a presença da instituição no mercado financeiro e potencialmente gerar valor para os acionistas, clientes e para o Distrito Federal. A transação, que estava avaliada em R$ 2 bilhões, foi recebida com certa controvérsia devido à natureza das operações do Banco Master, que é conhecida por sua política agressiva de captação de recursos. Essa política, que prometia rendimentos atrativos, gerou preocupação entre analistas do setor, principalmente em um contexto em que o banco não havia divulgado seu balanço do último trimestre de 2022.

O Banco Master, nos últimos meses, enfrentou um alto nível de desconfiança, especialmente depois de tentar sem sucesso captar recursos por meio da emissão de títulos em dólares. Além disso, suas operações relacionadas a precatórios suscitaram questionamentos adicionais sobre sua saúde financeira. O interesse de outras instituições, como o BTG Pactual, que até chegou a oferecer apenas R$ 1 para assumir o controle do Banco Master, ilustra a gravidade da situação, uma vez que esse valor simbólico foi pensado para cobrir passivos por meio do Fundo Garantidor de Crédito.

A compra do Banco Master constitui uma questão complexa, não apenas pela magnitude do valor e pelo potencial impacto que teria no mercado financeiro local, mas também pela transparência que a instituição deve manter para mitigar a incerteza que envolve sua operação. A situação segue em desenvolvimento, e o BRB se comprometeu a manter seus acionistas e o mercado informados sobre qualquer desdobramento relevante.

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