Em uma apresentação que detalhou o Relatório de Política Monetária (RPM) divulgado na última quinta-feira, Galípolo e sua equipe discutiram as expectativas econômicas para o país. O relatório destaca uma previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,1% para 2025, ao passo que espera-se uma queda nas taxas de inflação.
A taxa básica de juros, conhecida como Selic, é um dos principais instrumentos utilizados pelo Banco Central para controlar a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Durante a coletiva, Galípolo enfatizou que a trajetória da política monetária abrange uma variedade de ajustes, refletindo a diversidade de cenários econômicos que o Brasil enfrenta.
Ele elucidou que, ao elaborar projeções econômicas, são levadas em conta informações de diversas fontes, como o boletim Focus, que apresenta dados atualizados sobre o setor. No entanto, o presidente adverte que esses números não devem ser vistos como um roteiro inflexível, mas como uma análise das condições atuais e futuras da economia.
Quando questionado sobre a recente anulação de um decreto que previa o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Galípolo considerou que um maior controle das despesas públicas poderia ajudar a estabilizar a taxa de juros neutra. Esta taxa é crucial, pois indica o percentual de juros que nem estimula nem restringe a atividade econômica.
O Relatório de Política Monetária, que integra as diretrizes do Comitê de Política Monetária (Copom), também revisou suas expectativas de crescimento do PIB, elevando-as de 1,9% para 2,1% neste ano, ao mesmo tempo que revisou suas projeções de inflação, reduzindo-as de 5,1% para 4,9%. Apesar das previsões otimistas, a autoridade monetária alertou para uma possível desaceleração da atividade econômica ao longo do ano.