Mesmo com avanços na manutenção do anonimato das transações, as soluções testadas apresentaram limitações na garantia da privacidade e proteção dos dados. O BC admitiu que o Drex demandou mais acompanhamento tecnológico do que o inicialmente previsto.
A segunda fase do projeto está sendo avaliada com foco na segurança e eficácia do Sistema Financeiro Nacional. O Drex só seguirá adiante se as soluções tecnológicas e de arquitetura do sistema da moeda digital proporcionarem mais segurança.
O relatório destacou a importância da colaboração entre governo, universidades, comunidade tecnológica e sistema financeiro para o desenvolvimento e adoção do Drex. A evolução dessa moeda eletrônica depende da articulação desses setores.
O Drex, versão eletrônica do papel-moeda, utiliza a tecnologia blockchain, com a garantia de valor pelo BC para evitar oscilações de mercado. Cada R$ 1 equivale a 1 Drex, assegurando a estabilidade da moeda.
Na primeira etapa do projeto, foram testadas soluções de arquitetura do sistema para garantir a privacidade no uso do Drex. Diferentes ferramentas foram avaliadas, porém, algumas foram descartadas por apresentarem dificuldades na fiscalização das operações pela autoridade monetária.
Apesar dos desafios, o BC considerou um sucesso a participação de consórcios na primeira fase do projeto-piloto. Mais de mil operações foram realizadas, incluindo emissões, transferências e queimas do Drex.
Na segunda fase, o BC recebeu diversas propostas de casos de uso do Drex pela iniciativa privada, porém, a prioridade é resolver os problemas de privacidade e proteção dos dados antes de avançar com novas propostas. O projeto-piloto se mostra desafiador do ponto de vista tecnológico, exigindo maior acompanhamento do que o planejado.
Esses desafios ressaltam a importância da colaboração entre os setores envolvidos para o desenvolvimento de um sistema financeiro moderno e eficiente, capaz de atender às demandas do mercado.