Galípolo sublinhou a importância da produtividade para que o Brasil mantenha um crescimento econômico saudável e sustentável a longo prazo. Ele afirmou que o aumento da produtividade deve ser um motor para o desenvolvimento, evitando pressões inflacionárias incômodas. O presidente do BC destacou a necessidade de um crescimento que não apenas leve a resultados positivos imediatos, mas que também tenha a capacidade de se sustentar por períodos prolongados, garantindo assim a estabilidade econômica.
Entretanto, o cenário inflacionário continua sendo uma preocupação central para a instituição financeira. Galípolo enfatizou que, com a atual taxa de juros em 15%, o Banco Central pretende controlar as taxas inflacionárias, que se mostravam alarmantes em abril, com 57% dos itens que compõem o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ultrapassando o dobro da meta de inflação. Essa realidade reforça a preocupação em relação à persistência da inflação, que segundo Galípolo, não deverá atingir a meta estabelecida pelo Banco Central até, pelo menos, 2028, conforme as expectativas coletadas.
As declarações de Galípolo não apenas trazem à luz a resiliência do mercado de trabalho, mas também ressaltam os desafios contínuos que o Brasil enfrenta na gestão da inflação. A busca por um equilíbrio entre crescimento econômico e controle da inflação permanece como um dos principais objetivos da política monetária atual, refletindo a complexidade do cenário econômico brasileiro.