Essa medida vem em um momento de instabilidade no mercado de câmbio, com o dólar comercial encerrando o dia cotado a R$ 6,066, registrando uma alta de R$ 0,012 (+0,2%). Ao longo do dia, a cotação da moeda norte-americana teve oscilações significativas, chegando a atingir R$ 6,08 pela manhã e caindo para R$ 6,03 no início da tarde, antes de fechar em leve alta.
Os leilões de linha previstos pelo BC terão dois lotes de até US$ 1 bilhão cada. O dinheiro proveniente dessas vendas será recomprado pela autoridade monetária em datas específicas: o primeiro lote em 4 de novembro e o segundo em 2 de dezembro. Vale ressaltar que essa modalidade de leilão difere da venda à vista, em que o dinheiro não retorna às reservas internacionais.
A última intervenção do BC no câmbio havia ocorrido em 30 de dezembro do ano anterior, quando a autoridade vendeu US$ 1,815 bilhão das reservas internacionais à vista. No entanto, em dezembro, o BC realizou o maior volume mensal de intervenções cambiais desde 1999, com a venda de US$ 32,59 bilhões das reservas externas.
Diante desse cenário, a atuação do Banco Central no mercado de câmbio ganha destaque e levanta questionamentos sobre a trajetória do dólar frente ao real. Os investidores e analistas estarão atentos ao desenrolar dessas intervenções e suas possíveis repercussões na economia nacional.