ECONOMIA – Azul Encerra Operações em 14 Cidades e Foca em Hubs Estratégicos para Reestruturação Financeira

A companhia aérea Azul anunciou, na última segunda-feira, o encerramento das operações em 14 cidades brasileiras, uma medida que reflete uma reestruturação significativa em suas rotas. Desde julho, a empresa tem trabalhado em ajustes que consideram uma série de fatores, incluindo o crescimento dos custos operacionais da aviação, que foram exacerbados pela crise global na cadeia de suprimentos e pela desvalorização do real em relação ao dólar. Além disso, a companhia enfrenta desafios relacionados à disponibilidade de frota e à necessidade de reestruturação interna.

As cidades que perderão voos da Azul incluem Crateús, São Benedito, Sobral e Iguatú, no Ceará; Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro; Correia Pinto e Jaguaruna, em Santa Catarina; Mossoró, no Rio Grande do Norte; São Raimundo Nonato e Parnaíba, no Piauí; Rio Verde, em Goiás; Barreirinha, no Maranhão; Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul; e Ponta Grossa, no Paraná. Com este corte, a Azul vai concentrar suas operações em hubs estratégicos, como os aeroportos de Viracopos em Campinas, Confins em Belo Horizonte e Recife, buscando reduzir a quantidade de rotas com conexão.

A decisão de reduzir a malha aérea faz parte de um plano mais amplo da empresa, que está passando por um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos desde o dia 28 de maio. A Azul busca uma reestruturação financeira em um cenário que prevê a atração de investimentos da ordem de US$ 950 milhões. Para isso, a companhia estabeleceu parcerias com empresas consideradas essenciais, como as grandes norte-americanas United e American Airlines. O total estimado para essa reestruturação gira em torno de US$ 1,6 bilhão, englobando também acordos com credores e arrendadores de aeronaves.

Apesar das mudanças, a Azul garante que suas operações e vendas continuarão normalmente. A companhia assegura que todos os bilhetes, benefícios e pontos acumulados no programa de fidelidade Azul serão mantidos, aliviando a preocupação de seus clientes nesse momento de transição. O movimento é uma tentativa de estabilizar a empresa em um ambiente desafiador, marcado por incertezas econômicas e mudanças no setor aéreo.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo