A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) destacou que o aumento do IOF contraria os esforços do governo em programas destinados a promover o crescimento industrial, como o Programa Nova Indústria Brasil e as políticas voltadas para a transição energética. A Fiesp afirma que a elevação das alíquotas deverá resultar em custos mais altos para as empresas, já sobrecarregadas por uma estrutura tributária desigual e dificuldades em acesso a crédito, especialmente em um contexto de alta taxa de juros e spreads bancários elevados. A entidade alerta que a situação pode desencadear um ambiente econômico hostil, dificultando a realização de investimentos.
Embora o governo tenha feito algumas alterações, a Fiesp enfatizou que o aumento da alíquota do IOF para operações de crédito por parte das empresas permanece inalterado. Para a entidade, o equilíbrio das contas públicas não deve ser alcançado às custas de uma carga tributária ainda maior sobre o setor produtivo.
De forma similar, a Associação Brasileira dos Bancos (ABBC) também manifestou sua preocupação com o impacto que a alta do IOF poderá ter sobre o setor financeiro. A ABBC observa que o aumento das novas alíquotas para operações de crédito pode elevar os custos para empresas de todos os tamanhos, concordando que, em um cenário econômico já permeado de incertezas e altas taxas de juros, o aumento do imposto pode ainda ser repassado aos consumidores, intensificando o risco de inadimplência.
As mudanças nas alíquotas do IOF foram significativas em diversos aspectos. Para as operações de crédito, os ajustes incluem um aumento generalizado das alíquotas sobre empresas e cooperativas, afetando diretamente a capacidade de investimento e de operação. No setor de câmbio, as taxas sobre transações como cartões internacionais e a compra de moeda em espécie também foram elevadas. Para o segmento de seguros, novas alíquotas foram estabelecidas, impactando os investidores em planos de previdência.
Essas ações refletem um panorama complexo em que o governo busca arrecadar mais, enquanto diversos setores clamam por medidas que incentivem o crescimento e o acesso ao crédito, apontando que um aumento na carga tributária pode não ser o caminho mais adequado para garantir a saúde econômica do país.