ECONOMIA – Aumento da tarifa do ônibus em São Paulo: passagem sobe para R$ 5,30 e supera inflação, segundo prefeitura e SPTrans afirmam que reajuste é necessário.

A partir do dia 6 de janeiro de 2024, os usuários dos serviços de transporte coletivo da cidade de São Paulo enfrentarão um aumento na tarifa dos ônibus municipais. A prefeitura da capital paulista anunciou oficialmente que o valor da passagem passará de R$ 5 para R$ 5,30, o que representa um reajuste de 6%. Esse aumento supera a inflação oficial do Brasil, que, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), manteve-se em 4,46% nos últimos doze meses até novembro.

A decisão de aumentar a tarifa, no entanto, foi justificada pela administração municipal, que argumenta que o percentual do reajuste ficou abaixo da variação registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor do Transporte Coletivo (IPC-Fipe). Este último indicador registrou uma alta de 6,5% durante o ano.

Em comunicado, a prefeitura ressaltou que, sob a administração do prefeito Ricardo Nunes, os valores da passagem mantiveram-se relativamente estáveis, com apenas um aumento em cinco anos. Desde 2020, a tarifa foi elevada uma única vez, de R$ 4,40 para R$ 5, o que representa uma correção de apenas 13,6%. Durante o mesmo período, a inflação acumulada foi de 40,31%. Portanto, o novo valor de R$ 5,30 é anunciado como uma medida que ainda está abaixo da real perda de poder aquisitivo dos usuários.

Além disso, a administração municipal destacou a importância do subsídio que é atualmente pago às empresas de ônibus. Sem esse apoio financeiro, o valor da passagem poderia chegar a impressionantes R$ 11,78, um aumento que tornaria o uso do transporte coletivo ainda mais caro para os cidadãos.

A SPTrans, responsável pela gestão do transporte público na cidade, informou também que os créditos dos bilhetes adquiridos até 5 de janeiro terão um prazo de validade de 180 dias. Esses bilhetes ainda poderão ser utilizados ao valor antigo de R$ 5. As recargas que podem ser feitas no vale-transporte e no Bilhete Único Comum permanecem limitadas a 200 e 100 tarifas, respectivamente.

Essas mudanças no sistema tarifário refletem um esforço da gestão pública para equilibrar as finanças do transporte coletivo, ao mesmo tempo em que tentam minimizar os impactos econômicos para os passageiros durante um período já desafiador em termos financeiros.

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