Haddad ressaltou a importância da interrupção nos cortes da Selic para avaliar os cenários externo e interno da economia. Destacando que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente, o ministro enfatizou a necessidade de consolidar o processo de desinflação e ancorar as expectativas em torno das metas estabelecidas. Apesar de não mencionar diretamente um possível aumento de juros, a ata enfatizou que eventual ajuste na Selic será determinado pelo compromisso de convergência da inflação à meta.
Embora parte do mercado financeiro tenha interpretado a ata como uma abertura para potenciais aumentos dos juros, Haddad destacou que o documento enfatiza a pausa nos cortes e a necessidade de basear as decisões em novos dados econômicos. O ministro ressaltou a importância de compreender que eventuais ajustes na política monetária serão feitos se necessário, reforçando a ênfase da diretoria do Banco Central na interrupção do ciclo de cortes.
Nesta quarta-feira (26), o Conselho Monetário Nacional decidirá a meta de inflação para 2027 e poderá rever as metas para 2025 e 2026. Haddad abordou a pequena pressão inflacionária de curto prazo causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, destacando que a política monetária olha para o médio e longo prazo. O ministro enfatizou que os efeitos das decisões de política monetária de hoje serão sentidos de 12 a 18 meses no futuro, demonstrando a importância de uma visão de longo prazo nas decisões econômicas.