ECONOMIA – Arrecadação Federal Sobe 9,08% no 1º Semestre de 2024, Alcançando R$ 1,289 Trilhão, Anuncia Receita Federal



A arrecadação do governo federal apresentou um aumento real, descontada a inflação, de 9,08% no primeiro semestre de 2024, conforme dados divulgados pela Receita Federal nesta quinta-feira, 25 de julho. A soma arrecadada no período alcançou um montante expressivo de R$ 1,289 trilhão. Este desempenho reforça a tendência de crescimento observada nos últimos meses e reflete uma recuperação robusta da economia brasileira. Esse crescimento, ajustado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indica um avanço significativo frente aos desafios econômicos enfrentados nos anos anteriores.

No mês de junho, a arrecadação total das Receitas Federais somou R$ 208,8 bilhões, registando um acréscimo real de 11,02% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Este desempenho destacou-se, em grande parte, pelo bom funcionamento da máquina arrecadatória e pela eficácia das políticas fiscais implementadas pelo governo.

No acumulado de janeiro a junho de 2024, as Receitas Administradas pela Receita Federal chegaram a R$ 1,235 trilhão, também mostrando um incremento real de 8,93%. Em junho, esse valor ficou ligeiramente acima dos R$ 200 bilhões, com um crescimento real de 9,97% frente ao junho de 2023.

De acordo com a Receita Federal, esse aumento considerável deve-se principalmente ao bom desempenho da atividade econômica, destacando-se a produção industrial, a venda de bens e serviços e o crescimento da massa salarial. Outro fator que contribuiu significativamente foi a ampliação da arrecadação da Cofins e Pis/Pasep, que apresentaram um crescimento real de 18,79% no semestre, totalizando R$ 256,2 bilhões.

A retomada da tributação sobre combustíveis e a exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos dessas contribuições impulsionaram ainda mais os números. O aumento real no volume de vendas, de 3,85%, e no volume de serviços, de 1,39%, entre dezembro de 2023 e maio de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023, também foram decisivos.

Também chamou atenção o crescimento de 20,59% na arrecadação do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre Capital. Este aumento se deve à tributação dos fundos exclusivos, resultando em uma arrecadação de R$ 72,9 bilhões entre janeiro e junho.

A arrecadação do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF) também mostrou um notável aumento real de 21,26%, graças à atualização de bens e direitos de brasileiros no exterior, levando o montante arrecadado a R$ 39,8 bilhões no primeiro semestre.

No que diz respeito à Receita Previdenciária, o total arrecadado entre janeiro e junho alcançou R$ 316,9 bilhões, com crescimento real de 5,37%. A Receita atribui este resultado ao aumento de 7,06% na massa salarial, à postergação dos pagamentos de contribuições previdenciárias e do Simples Nacional para municípios do Rio Grande do Sul em estado de calamidade pública, e ao crescimento de 14% nas compensações tributárias.

A Receita Federal estimou uma perda de arrecadação de R$ 8 bilhões devido às enchentes no Rio Grande do Sul, projetada com base nos números do mesmo período do ano anterior.

Em junho, mereceram destaque a arrecadação do PIS/Pasep e da Cofins, que totalizou R$ 45,1 bilhões, refletindo um crescimento real de 21,95%. Este crescimento foi impulsionado pelo aumento real de 5% no volume de vendas e 0,8% no volume de serviços, além de uma arrecadação excepcional de R$ 2 bilhões em setores específicos, como o dos combustíveis.

A arrecadação do Imposto sobre Importação e do IPI-Vinculado à Importação também registrou um crescimento notável de 45,71%, atingindo R$ 9,288 milhões. A Receita atribui este crescimento aos aumentos reais no valor em dólar das importações, na taxa média de câmbio e nas alíquotas médias efetivas desses impostos.

Por fim, o IRRF sobre Capital registrou R$ 19,9 bilhões, com crescimento real de 10,10%, explicados pelos aumentos nominais na arrecadação de fundos de renda fixa e aplicações de renda fixa, além da tributação do regime de transição dos fundos exclusivos, que resultou em R$ 440 milhões arrecadados.

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