No acumulado de janeiro a agosto, a arrecadação alcançou R$ 1,52 bilhão, apresentando um recuo real de 0,83% em comparação com os oito primeiros meses do ano passado. Vale destacar que esse valor acumulado é o maior desde 1995.
Os dados sobre a arrecadação de agosto podem ser acessados no site oficial da Receita Federal. Quanto às receitas administradas pelo órgão, o valor arrecadado no mês passado foi de R$ 167,04 bilhões, representando um decréscimo real de 3,33%. Já no acumulado do ano, a arrecadação atingiu R$ 1,44 trilhão, apresentando um aumento real de 0,69%.
A queda na arrecadação foi influenciada por alterações na legislação tributária e por pagamentos atípicos referentes ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que são indicadores importantes da atividade econômica e do setor produtivo.
A redução de alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) também impactou os resultados. No entanto, ao desconsiderar esses fatores não recorrentes, a arrecadação do período teria registrado um crescimento real de 3,88%.
No que diz respeito ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a arrecadação somou R$ 28,51 bilhões em agosto, representando uma redução real de 23,30% em relação ao mesmo período de 2022. Essa queda se deu principalmente pela diminuição na arrecadação da estimativa mensal de empresas.
Outro destaque na arrecadação de agosto foi o Imposto de Importação e o IPI Vinculado à Importação, que registraram uma arrecadação conjunta de R$ 6,76 bilhões, com uma diminuição real de 16,64%. Esse resultado pode ser explicado pela redução no valor em dólar das importações e na taxa média de câmbio, combinadas com o aumento das alíquotas médias efetivas desses impostos.
No acumulado do ano, a Receita Previdenciária apresentou um crescimento real de 6,16% na arrecadação, impulsionado principalmente pelo aumento da massa salarial. Já o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) teve um crescimento de 25,5% nos primeiros oito meses do ano, influenciado pela alta da taxa Selic e pelo recolhimento dos rendimentos de fundos e títulos de renda fixa.
Em resumo, a arrecadação da União apresentou mais um mês de queda, refletindo as mudanças na legislação tributária e os pagamentos atípicos de IRPJ e CSLL. Apesar disso, há indicadores macroeconômicos que mostram um desempenho positivo em alguns setores, como a venda de serviços e o crescimento da massa salarial.