Na última quarta-feira (26), a agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de classificação do Brasil para BB, contra BB-. Essa notícia provocou mais um dia de otimismo no mercado financeiro, resultando em quedas consecutivas no valor do dólar e uma nova alta na bolsa de valores.
O dólar comercial encerrou o dia valendo R$ 4,728, apresentando uma queda de R$ 0,029 (-0,46%). A moeda norte-americana começou o dia estável, mas logo começou a cair após o comunicado da Fitch, chegando próximo à mínima do dia. Essa queda representa o menor valor do dólar desde abril do ano passado, quando fechou em R$ 4,62. Em julho, a divisa já caiu 1,29%, acumulando uma queda de 10,45% no ano.
A bolsa de valores iniciou o dia em baixa, mas conseguiu reverter o movimento e emendar a quinta alta seguida. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 112.560 pontos, apresentando um aumento de 0,45%. Mesmo com a queda das ações de petroleiras e mineradoras, os papéis de bancos e varejistas sustentaram o mercado, fazendo com que o indicador alcançasse o nível mais alto desde agosto do ano passado.
Esses resultados positivos no mercado financeiro foram impulsionados pela decisão da Fitch de elevar a nota de classificação do Brasil. A agência destacou o desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado da economia brasileira como motivos para essa melhoria. Essa mudança também estimula a entrada de capital financeiro no país.
Além disso, no cenário internacional, a elevação dos juros básicos nos Estados Unidos confirmou as expectativas das instituições financeiras. Apesar da taxa básica de juros da maior economia do mundo estar no maior nível desde 2001, os investidores acreditam que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) encerrou o ciclo de altas que começou em abril do ano passado. Essa decisão beneficia países emergentes, como o Brasil.
Vale ressaltar que a Agência Brasil está publicando matérias sobre o fechamento do mercado financeiro apenas em dias extraordinários, e que a cotação do dólar e o nível da bolsa de valores não estão mais sendo informados diariamente.
*Com informações da Reuters
