ECONOMIA – ANP reconhece impactos negativos na regulamentação do mercado de gás devido à carência de pessoal e cortes orçamentários.



A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) reconhece que a “carência de pessoal e cortes orçamentários” têm impactado negativamente a regulamentação prevista na Nova Lei do Gás, sancionada em 2021. Em comunicado enviado à Agência Brasil, a ANP, ligada ao Ministério de Minas e Energia (MME), respondeu às críticas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que divulgou um estudo apontando que o preço do gás natural no Brasil chega a ser até dez vezes mais caro do que o praticado nos Estados Unidos e o dobro do preço europeu.

O gás natural é um insumo fundamental para a indústria, sendo utilizado tanto como fonte de energia quanto como matéria-prima para diferentes produtos. A CNI destacou em seu estudo alguns desafios regulatórios no setor, incluindo a “regulamentação pendente e atrasos na ANP”. A ANP, por sua vez, admitiu que a falta de recursos humanos tem sido um dos principais fatores que têm impactado a implementação da Nova Lei do Gás.

Apesar das dificuldades, a ANP enumerou algumas realizações já alcançadas para tornar efetiva a Lei do Gás, que visa abrir o mercado à concorrência e evitar o monopólio de empresas em todas as etapas do sistema até o consumidor final. Medidas como o aumento do número de contratos de comercialização e transporte, bem como a autorização de mais agentes para a comercialização de gás, apontam para avanços na abertura do mercado.

O Ministério de Minas e Energia afirmou que apresentará ações específicas para todos os elos da cadeia de gás natural, visando fortalecer a indústria brasileira e gerar empregos. No entanto, a insuficiência orçamentária da ANP também se reflete na redução das coletas de preço de combustíveis, o que demonstra a necessidade de investimentos para o pleno funcionamento da agência reguladora.

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