Essa redução na bandeira tarifária para patamar 1 foi motivada pela preocupante situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas, que têm enfrentado um baixo volume de chuvas. Essa condição climática desfavorável força o acionamento de usinas termelétricas, que operam a um custo mais alto, justificando, assim, a manutenção da bandeira vermelha. A Aneel destacou que a atual realidade hídrica do Brasil continua a exigir atenção, dada a escassez de recursos hídricos para a produção de energia elétrica.
Além disso, a agência ressaltou a natureza intermitente da geração solar, o que significa que esta fonte de energia não é capaz de fornecer eletricidade durante todo o dia. Em horários em que a luz solar não está disponível, especialmente durante a noite ou em dias nublados, as termelétricas se tornam essenciais para garantir a estabilidade do abastecimento energético, especialmente em momentos de pico de demanda.
O sistema de bandeiras tarifárias, instaurado pela Aneel em 2015, visa refletir as oscilações nos custos de geração de energia elétrica. Esse sistema é dividido em cores e permite que consumidores tenham uma noção clara sobre o quanto estão pagando de acordo com a origem da energia utilizada. Quando a bandeira é verde, não há custos adicionais, mas ao ativar as bandeiras amarela ou vermelha, os consumidores enfrentam acréscimos em suas contas, dependendo de seu consumo.
A continuidade da bandeira vermelha em patamar 1 é um lembrete para os consumidores sobre a necessidade de um uso consciente da energia elétrica, visto que, embora o aumento em relação ao patamar anterior seja menor, ele ainda terá impacto no bolso do cidadão.
