ECONOMIA – Alta da inflação de alimentos em janeiro é impulsionada pela menor oferta de produtos como tomate e cenoura, segundo IBGE.

A alta da inflação de alimentos no mês de janeiro foi impulsionada pela menor oferta de produtos como o tomate e a cenoura, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11).

O grupo de alimentos e bebidas teve um aumento de 0,96% no mês, representando um impacto de 0,21 ponto percentual no IPCA. Apesar da alta, houve uma desaceleração em relação ao mês anterior, em que o grupo teve uma expansão de preços de 1,18%.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou preocupação com a inflação dos alimentos, afirmando o desejo de baixar o custo de vida da população. O governo está estudando medidas como a redução de tarifas de importação para baratear alimentos.

Entre os produtos que mais subiram de preço em janeiro estão os tubérculos, raízes e legumes, com um aumento de 8,19%. Além disso, bebidas e infusões, pescados e aves e ovos também registraram altas significativas.

O gerente da pesquisa do IBGE, Fernando Gonçalves, explicou que a redução na oferta de tomate e cenoura se deve principalmente a questões climáticas e de produção, o que impulsionou os preços desses produtos. Além disso, ele ressaltou que a demanda global por café também está influenciando o aumento de preços.

Em relação às carnes, houve um aumento de 0,36% em janeiro, um patamar bem mais baixo do que nos meses anteriores. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que a queda do dólar e a safra recorde de 2025 contribuirão para conter a inflação dos alimentos.

De acordo com projeções do IBGE, a safra nacional deve apresentar uma expansão de 10,2% em 2025 após uma redução em 2024. Esses dados indicam que o cenário econômico pode se estabilizar nos próximos meses, trazendo alívio para o bolso dos consumidores.

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