ECONOMIA – Alckmin Ressalta Crescimento da Parceria Comercial Brasil-China e Previsão de Novo Recorde em 2024

Nesta segunda-feira (5), o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, ressaltou a crescente relação comercial entre Brasil e China, observando um aumento de 7,4% no intercâmbio econômico entre janeiro e julho deste ano, em comparação ao mesmo período de 2023. Alckmin expressou que os dados apontam para um potencial recorde comercial em 2024.

Participando por videoconferência do encerramento do Seminário do Conselho Empresarial Brasil-China, ocorrido em São Paulo, Alckmin sublinhou a importância de aprofundar as relações comerciais e de investimento entre os dois países, enfatizando o papel crucial do setor industrial. “Nós queremos neoindustrializar o Brasil. Não há desenvolvimento econômico e social sem uma indústria forte. Queremos um adensamento das cadeias produtivas para impulsionar essa neoindustrialização”, afirmou o presidente em exercício, que também ocupa o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Enquanto Alckmin discursava, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrava em Santiago, no Chile, em visita de Estado, onde participava da assinatura de diversos acordos bilaterais com o país sul-americano. Alckmin destacou a relevância das exportações brasileiras para a China, especialmente nos setores de alimentos, petróleo, minério de ferro e celulose. Ele também adiantou que o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) trará inúmeras oportunidades nas áreas de infraestrutura, logística, transportes e energia.

A reforma tributária foi outro tema relevante abordado por Alckmin. Segundo ele, essa reforma será um impulsionador vital para a indústria e os investimentos, favorecendo, inclusive, a expansão das exportações. “A reforma tributária elimina a cumulatividade, desonerando completamente os investimentos e as exportações, o que dará um grande impulso à nossa economia”, explicou. O presidente em exercício ainda referenciou um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que projeta um aumento de 12% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, 14% nos investimentos e 17% nas exportações em um prazo de 15 anos, motivado pela reforma tributária.

Esta edição do seminário acontece em um momento histórico, marcando os 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China. Nos últimos 14 anos, a China tem se consolidado como o maior parceiro comercial do Brasil, com um volume de trocas comerciais que ultrapassou os US$ 157 bilhões em 2023. No ano anterior, o Brasil registrou um superávit comercial de US$ 51,1 bilhões com a nação asiática. O cenário sugere um contínuo fortalecimento dessa parceria, com perspectivas promissoras para ambos os países em variados setores da economia.

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