Participando por videoconferência do encerramento do Seminário do Conselho Empresarial Brasil-China, ocorrido em São Paulo, Alckmin sublinhou a importância de aprofundar as relações comerciais e de investimento entre os dois países, enfatizando o papel crucial do setor industrial. “Nós queremos neoindustrializar o Brasil. Não há desenvolvimento econômico e social sem uma indústria forte. Queremos um adensamento das cadeias produtivas para impulsionar essa neoindustrialização”, afirmou o presidente em exercício, que também ocupa o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Enquanto Alckmin discursava, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrava em Santiago, no Chile, em visita de Estado, onde participava da assinatura de diversos acordos bilaterais com o país sul-americano. Alckmin destacou a relevância das exportações brasileiras para a China, especialmente nos setores de alimentos, petróleo, minério de ferro e celulose. Ele também adiantou que o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) trará inúmeras oportunidades nas áreas de infraestrutura, logística, transportes e energia.
A reforma tributária foi outro tema relevante abordado por Alckmin. Segundo ele, essa reforma será um impulsionador vital para a indústria e os investimentos, favorecendo, inclusive, a expansão das exportações. “A reforma tributária elimina a cumulatividade, desonerando completamente os investimentos e as exportações, o que dará um grande impulso à nossa economia”, explicou. O presidente em exercício ainda referenciou um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que projeta um aumento de 12% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, 14% nos investimentos e 17% nas exportações em um prazo de 15 anos, motivado pela reforma tributária.
Esta edição do seminário acontece em um momento histórico, marcando os 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China. Nos últimos 14 anos, a China tem se consolidado como o maior parceiro comercial do Brasil, com um volume de trocas comerciais que ultrapassou os US$ 157 bilhões em 2023. No ano anterior, o Brasil registrou um superávit comercial de US$ 51,1 bilhões com a nação asiática. O cenário sugere um contínuo fortalecimento dessa parceria, com perspectivas promissoras para ambos os países em variados setores da economia.